Caro leitor,
Você já percebeu que a bolsa está cada vez mais barata?
Exato. Mesmo em 96 mil pontos, a bolsa “barateou”.
A matemática por trás disso é simples.
Conforme reportagem do Valor Econômico de segunda-feira, as 237 empresas não-financeiras listadas na bolsa dobraram o lucro líquido se comparados os totais de 2018 contra 2017.
Algumas empresas saíram de prejuízo para lucro, como é o caso de Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3).
Outras tiveram aumentos expressivos dos lucros, como é o caso de Magazine Luiza (MGLU3).
No mesmo período o Ibovespa subiu apenas 14,6 por cento.
Se os lucros subiram muito mais do que o preço, ora, estamos comprando mais lucros por menos preço. Tudo o que um investidor inteligente gosta.
Se no curto prazo os preços variam de forma aleatória, ao sabor dos boatos, no longo prazo, o preço das ações acompanha a trajetória dos lucros das empresas.
Essa lógica é soberana.
A bolsa segue andando de lado e os lucros seguem crescendo. Está barato demais para ficar de fora. Você vai estar posicionado quando a bolsa disparar?
Vou soar chato. Vou soar repetitivo. Mas o Focus de segunda-feira trouxe uma estimativa de crescimento de 1,98 por cento para o PIB em 2019.
Essa é a quinta queda consecutiva. A atividade econômica ainda está lenta, de freio de mão puxado.
Com desemprego elevado, alta capacidade ociosa na indústria e inflação sob controle, a Selic suplica por mais quedas.
O Banco Central aguarda a Reforma da Previdência antes de entrar em ação, mas a realidade vai se impondo.
Com Ilan Goldfajn foi assim, com Campos Neto não deve ser diferente.
Não vindo tremores de fora, o caminho fica livre para mais quedas na Selic.
Aguardemos.
Um abraço e bons investimentos.