O que significa fazer parte do 1% mais ricos?
De acordo com o relatório “Bem Público ou Riqueza Privada?” divulgado pela Oxfam, o patrimônio combinado das 26 pessoas mais ricas do mundo atingiu US$ 1,4 trilhão em 2018.
Valor que corresponde a renda da metade da população mais pobre do mundo, ou seja 3,8 bilhões de pessoas.
A desigualdade de renda atrai a atenção de economistas, políticos e jornalistas. O relatório da Oxfam tem como objetivo mostrar essa discrepância e combater a pobreza.
Nas últimas décadas, a desigualdade cresceu em quase todas as regiões do mundo. No Brasil, o 1% mais rico da população, detém 27,8% da renda nacional, contra 21,7% na Índia e 20,2% nos EUA.
Mas talvez nenhum nível de renda tem chamado mais atenção do que o “1%” dos mais ricos entre os ricos, os bilionários.
Enquanto que a fortuna dos bilionários aumentou 12% no ano passado, a metade mais pobre da população está vendo seu patrimônio líquido diminuir.
No mundo, 2.208 pessoas são consideradas bilionárias. Ou seja, possuem mais de US$ 1 bilhão. Esse número quase dobrou desde a crise financeira global, há uma década.
Entre os homens mais ricos do mundo, a maioria são norte-americanos. Os nomes incluem: Jeff Bezos, da Amazon (US$112 bilhões), Bill Gates, da Microsoft (US$90 bilhões), Warren Buffett, da Berkshire Hatway (US$84 bilhões) e Mark Zuckerberg, do Facebook (US$71 bilhões).
Quanto o 1% dos mais ricos detêm
Uma vez que os padrões de renda variam muito em todo o mundo, o cálculo dos mais ricos varia de país para país.
Dessa forma, pode ser preciso combinar a renda dos 11 mais ricos da Índia, para igualar a um dos Emirados Árabes, país rico em petróleo, por exemplo.
Nos EUA, o patrimônio somado das 3 pessoas mais ricas equivale ao da metade mais pobre da população americana, cerca de 160 milhões.
Já no Brasil, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os ricos do país ganharam 36,1 vezes mais do que metade dos mais pobres em 2017.
Este grupo dos 1% mais ricos da população brasileira, teve um rendimento médio mensal de R$ 27.213, em 2017. Enquanto que a renda média mensal dos mais pobres foi de R$ 754. A região Sudeste, é a que detém a maior concentração de renda.
Segundo o relatório da Oxfam, o Brasil tem 154 mil milionários em 2018, contra 164 mil que estavam no relatório divulgado em 2017. Porém, apenas 0,1% dos brasileiros tem mais de US$ 1 milhão de riqueza.
O quanto eles gastam
O custo das comodidades que esse 1% pode se dar ao luxo de ter também é relativo. O mesmo que se paga por uma mansão em Los Angeles pode proporcionar apenas um charmoso apartamento em Mônaco.
Casas por valor
Cidade | US$ milhões |
Mônaco | 26.4 |
Hong Kong | 6.8 |
Singapura | 5.3 |
Sidney | 4.2 |
Londres | 4.1 |
Los Angeles | 3.8 |
Nova Iorque | 3.8 |
Dubai | 3.1 |
Paris | 2.9 |
Berlim | 2.5 |
Beijin | 1.9 |
São Paulo | 0.7 |
Por outro lado, os custos com creches nessas cidades não são tão distantes.
Média anual em escola privada
Cidade | US$ mil |
Los Angeles | 60.4 |
Nova Iorque | 54 |
Singapura | 49 |
Londres | 42 |
Paris | 34.5 |
Dubai | 26 |
São Paulo | 23.6 |
Quanto eles pagam de tributos
Uma das principais discussões do relatório da Oxfam é sobre a tributação.
Segundo a organização, os governos, ao não taxarem os muito ricos, contribuem para o aumento das desigualdades.
A Oxfam recomenda que as nações cobrem impostos em níveis mais justos. Segundo a organização, no Brasil, os 10% mais pobres da sociedade pagam mais impostos proporcionalmente do que os 10% mais ricos.
A retomada do crescimento econômico favoreceu somente o topo da pirâmide, uma vez que os recursos não foram redistribuídos.
O relatório propõe uma taxa extra de 0,5% sobre a renda de bilionários que fazem parte da fatia do 1% mais ricos do mundo. Conforme cálculos da entidade, os recursos arrecadados seriam suficientes para incluir 262 milhões de crianças de volta à escola. Bem como investimentos em saúde poderiam salvar a vida de mais de 3 milhões de pessoas.
Como fazer parte desse 1%?
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