Olá, investidor!
Talvez poucos aqui saibam minhas origens…
Em 2006, após uma crise financeira familiar, compreendi como era importante entender sobre finanças.
Na época, atuava em outro segmento profissional e resolvi aprender sobre finanças com os “melhores”.
Iniciei uma nova faculdade e ingressei minha carreira bancária em um grande banco do mercado.
Minha primeira semana foi inesquecível: ficava no balcão do pré-atendimento e, por conta disso, acabava interagindo com muita gente.Era legal conhecer novas pessoas todos os dias, a maioria delas vinham de origem humilde e de pouca capacidade financeira.
A parte ruim vem agora: para o banco, pouco importava as condições dos clientes. Era inadmissível o profissional do pré-atendimento não “vender” um título de capitalização ou seguro de vida para o cliente.
Veja bem: muitas vezes, esses produtos correspondiam a mais de 10% da renda do cliente.
Pensei na época: “Essa situação deve ocorrer só com os estagiários, preciso crescer rápido na carreira”.
Em menos de 2 anos, me tornei Gerente de Negócios de Empresas.
Nada mudou: agora tinha que tirar vantagens de empresas e não mais de pessoas.
Mudei de empresa (banco) 3x… Acreditava que o problema era o banco em que eu estava.
Buscava trabalhar fazendo o que amava e ao mesmo tempo ajudando as pessoas; porém, sem sucesso.
Passaram-se 9 anos (2014) e ainda tentava encontrar justificativas para seguir nesta carreira.
Nesse momento, o senhor destino pregou uma peça.Tive um grave problema de saúde, corria risco de vida e, por conta disso, fui submetido a uma perigosa cirurgia.
Os 5 minutos que antecederam a cirurgia pareceram um longa-metragem.
Pensava em o quanto era jovem, pensava na minha família, no apartamento que recém havia comprado com minha noiva e no que havia feito até então da minha vida.
Meu último pensamento antes de ser anestesiado foi: “Papai” do Céu, me ajuda nessa, tenho muito o que fazer lá fora”.
No momento do aperto, todos se tornam religiosos…
Bom, se estou aqui escrevendo este e-mail é porque tudo deu certo!
Pedi demissão do banco e, hoje, utilizo todo o conhecimento adquirido ao longo da carreira para ajudar as pessoas a investir melhor.
Mas qual a ligação dessa história com investimentos?
Ações são empresas e empresas podem passar por “problemas” em sua saúde financeira e, em diversos momentos, necessitarão passar por grandes mudanças para alcançar novos patamares, semelhantes à mudança de carreira e ao procedimento cirúrgico que passei…
Quando tudo dá certo, voltamos com mais força e gerando mais resultados.
É exatamente essa virada de jogo que no mundo dos negócios chamamos de turnaround.
Recuperar-se e revitalizar-se são as palavras-chave para quem passa por esse momento. Os objetivos, claro, envolvem a restauração do equilíbrio financeiro e a volta à competitividade para uma recuperação empresarial por completo.
Existem hoje na bolsa 4 empresas importantes passando por esse processo:

Perceba que essas empresas estão com números ruins no geral.
O único motivo para uma decisão de investimentos nesses ativos seria a possibilidade de um real turnaround bem sucedido.
O risco é grande! Se der errado, o prejuízo pode ser integral.
Por outro lado, se der certo o benefício gerado é considerável.
Magazine Luiza passou por processo com grande sucesso…

Se eu fosse uma ação (VOGL3), diria que também passei por um turnaround muito bem sucedido…

Como já mencionei, quando a reestruturação ocorre com sucesso, os ganhos são enormes.
Qual será a próxima empresa que vivenciará uma mudança para alcançar um novo patamar?
Forte abraço!
Eduardo Voglino atua no mercado financeiro desde 2007 e já assessorou diretamente centenas de pessoas quando teve seu próprio escritório vinculado à XP. É um entusiasta de buscar valor e assimetrias no mercado de ações. Escreve para o TheCap na coluna Fórmula Buffett.