Caro leitor,
Peço licença para colocar uma passagem do Recado que deixei há duas semanas aqui neste guichê:
“Enquanto as expectativas de inflação seguirem estáveis ou mesmo caindo, o Bacen não irá subir os juros.
Há um ano atrás esperava-se que a taxa Selic chegasse a 8 por cento ao ano em 2019. Ledo engano.
No boletim focus de segunda-feira (4) já havia um consenso de que não teremos mais nenhuma alta em 2019.
Isso sinaliza manutenção na taxa para a reunião de hoje, mas dada a constante queda nas expectativas de inflação, abre-se uma janela para novos cortes na Selic”.
Eu sinceramente gosto de lembrar disso com alguma frequência. Mesmo que eu não veja ninguém concordando comigo, é a forma com a qual eu leio os sinais.
Eis que nesta segunda-feira eu vejo que meus colegas de profissão entraram para o meu time:
E teve mais essa:
E é isso. Se esse pessoal começa a comprar o discurso de queda da Selic, isso é um ótimo indicador antecedente de que teremos de fato uma queda na Selic.
E repito: o mercado ignorou sem nenhuma vergonha os efeitos da recessão de 2015 e 2016. A realidade nem sempre cabe nos modelos que eles utilizam. Dane-se a realidade.
Temos, SIM, espaço para mais quedas na Selic. Hoje a renda fixa já não coloca nem o mais conservador dos investidores em uma zona de conforto. Quem dirá se ela de fato chegar ao patamar de 5 por cento ao ano.
Esse sinal apenas reforça a tese de que poderemos ter Ibovespa batendo 500 mil pontos até 2025: uma ousada, mas factível, valorização de 31 por cento ao ano.
Estamos em um bull-market e nessas horas até tijolo voa.
Um abraço e bons investimentos.