Olá, investidor!
Já percebeu como diversas ações ruins estão subindo na bolsa?
Se você acessar agora o home broker da sua corretora e digitar AZEV3, RCSL4, TCNO4 e TXRX4, irá perceber que essas ações estão subindo muito.
Será que essas ações possuem gatilhos de valorização?
Veja o GI Score dessas ações: 17, 24, 17 e 30 respectivamente.
Não é necessário dizer que são empresas de péssimos fundamentos, concorda?
Essas ações inclusive estão subindo muito mais do que muitas ações de excelentes fundamentos.
O problema de “investir” em empresas como as citadas acima, é que a alta não é duradoura. Ela não se sustenta.
E o motivo é muito óbvio.
Empresas sem capacidade de crescimento e com prejuízos acumulados não chamam a atenção de investidores.
No caso dos especuladores, a coisa é diferente: eles buscam de alguma forma se beneficiar dessas altas, mesmo que temporárias.
O investidor dificilmente irá aceitar ser sócio de uma empresa que não gera lucro ou que não tenha previsão de ter lucro.
É verdade que empresas de qualidade dificilmente irão subir +100 por cento em um único dia como os “micos” sobem.
Por outro lado, é verdade também que empresas de baixa qualidade dificilmente permanecerão em tendência de alta no longo prazo, como as empresas de qualidade.
Veja a diferença de resultado entre uma ação de excelentes resultados (ITUB4) e uma empresa com prejuízos acumulados:

As ações do Banco Itaú subiram mais de +200 por cento no período de 5 anos de forma consistente, justificando o crescimento do negócio. É disso que os investidores gostam, e isso só é provado no longo prazo.
Observe a evolução dos lucros do banco no período:

Agora vamos ações da JBDU3:

Em um momento específico subiu muito, porém sem motivos para aquilo se sustentar.
Veja os resultados da empresa no período:

Muito cuidado com as altas que não se justificam!
Ações interessantes para se investir são as de empresas com resultados positivos e perspectivas de crescimento, afinal, ninguém quer ser sócio de uma empresa por apenas uma semana, concorda?
Os “miqueiros” de plantões que me desculpem… Mas bolsa não é um jogo.
Poderá ser o jogo mais caro da sua vida.
Forte abraço!
Eduardo Voglino atua no mercado financeiro desde 2007 e já assessorou diretamente centenas de pessoas quando teve seu próprio escritório vinculado à XP. É um entusiasta de buscar valor e assimetrias no mercado de ações. Escreve para o TheCap na coluna Fórmula Buffett.