Olá, investidor!
Já ouviu falar no indicador Price to Earnings Growth (PEG), ou preço sobre lucro e crescimento?
Esse indicador que me serviu como inspiração para a criação do GI Line, foi muito utilizado por um dos maiores gestores da história mundial: Peter Lynch.
Para você ter uma ideia expertise do Peter Lynch, o seu principal fundo conhecido como Fidelity Magellan Fund gerou um retorno médio de +29,2 por cento ao ano.
Simplesmente incrível, concorda?
Na prática o PEG é uma relação entre o múltiplo P/L (preço/lucro) e crescimento dos lucros por ação (LPA).
Fórmula: (P/L)/Crescimento do lucro por ação. A função dele é determinar se o preço atual está ou não atrativo. Quando menor for o PEG, melhor será a oportunidade.
Você pode se perguntar se o índice P/L já não faz isso…
Sim, ele faz, mas o PEG o faz com maestria por considerar o crescimento.
Entenda…
Quando utilizamos o P/L, interpretamos que quanto “menor” for o índice em comparação aos seus concorrentes, mais barata estará aquela ação.
O PEG refina essa interpretação ao utilizar o crescimento dos lucros.
Afinal, o que adianta um P/L baixo de uma empresa se seus lucros estão caindo, ela até pode estar barata, mas não será um bom negócio, pois ficará cara no futuro.
Ele irá indicar se o preço da ação já reflete a previsão do lucro futuro.
Lembre-se que o preço da ação na maioria das vezes irá refletir uma expectativa e não o valor patrimonial ou “real” da empresa.
Basicamente se o PEG é alto, pode estar sinalizando que o mercado já considera com o otimismo o crescimento dos lucros.
Vamos comparar duas empresas do mesmo setor (cervejaria), vou comparar a minha VOGL3 com a do meu amigo, a FAYH4:
No primeiro momento, muitos investidores poderiam considerar a Fayh Beer mais atrativa, afinal seu P/L é menor.
Mas quando paramos para analisar sua relação com o crescimento dos lucros, percebemos que a Vogli Beer é muito mais atrativa, pois está com os lucros crescendo mais rápido e seu PEG é, portanto, menor.
Aquela velha frase faz sentido nesse contexto: “Nem tudo que parece, é. Nem tudo que é, parece“.
A expectativa de lucro está diretamente ligada ao preço da ação, mas muitas vezes a expectativa não está óbvia para os investidores, portanto o PEG poderá ser a cereja no bolo para buscar boas oportunidades.
Se Peter Lynch que foi gestor de um dos fundos mais rentáveis do mundo utilizava o PEG em suas análises, quem sou eu para fazer diferente.
Ele é um excelente indicador e pode ajudar muito a análise, se colocado dentro de um contexto adequado.
No canal Joias da Bolsa um dos indicadores que utilizo, entre diversos outros, é o PEG.
Os assinantes têm colhido bons frutos com ele.
Forte abraço!
Eduardo Voglino é analista de ações credenciado na APIMEC (CNPI 2202), atua no mercado financeiro desde 2006 e já assessorou diretamente milhares de pessoas quando teve seu próprio escritório vinculado à XP. É um entusiasta em buscar valor e assimetrias no mercado de ações. Escreve para o TheCap na coluna Fórmula Buffett.