Nesta semana realizamos algumas movimentações em nossos books, a fim de capturar as oportunidades que surgem no mercado.
Como dito em outras cartas, estamos diante de um cenário global mais incerto, mas mesmo em cenários mais nebulosos surgem oportunidades para aqueles que sabem aproveitá-las.
Para potencializar o retorno de nossas carteiras, sempre mantendo a gestão dos riscos, resolvemos fazer alterações em dois de nossos books.
Hoje, discutiremos a mudança efetuada em nossa estratégia de Renda Fixa Ativa, uma parte fundamental de todas as nossas carteiras de investimento.
Em face de um ambiente macroeconômico mais desafiador e incerto, fizemos uma alteração direcionada no nosso portfólio de Renda Fixa Ativa, visando otimizar os retornos aproveitando as oportunidades oferecidas pelas taxas atrativas dos títulos vinculados ao IPCA.
Como sabemos, a inflação global segue persistente. O mercado de trabalho aquecido, tanto aqui quanto nos Estados Unidos, segue estimulando a economia e mantendo os preços elevados.
Com isso, torna-se mais desafiador reduzir as taxas de juros em ambos os países.
O Brasil enfrenta outro desafio significativo: o cenário fiscal.
Com as contas públicas em estado de alerta, o risco país aumenta, o que limita ainda mais a possibilidade de redução das taxas de juros.
Isso ocorre porque um aumento na fuga de capital estrangeiro pode continuar fortalecendo o dólar e exercendo pressão sobre os preços em nossa economia dolarizada.
Com possíveis pressões inflacionárias à vista, o próprio Banco Central admitiu na ata da última reunião do Copom que vai adotar uma política monetária mais contracionista.
Assim, ficamos ainda mais reféns do início do corte de juros nos Estados Unidos para que o Banco Central possa sentir mais segurança para acelerar os cortes de juros no Brasil.
Enquanto isso, continuamos a identificar e aproveitar as oportunidades que surgem. Atualmente, observamos uma variedade de títulos oferecendo taxas atrativas, acima de IPCA + 6%.
Diante disso, acreditamos ser o momento propício para aproveitar essas taxas favoráveis e assegurar retornos sólidos.
Com uma inflação mais resiliente, os títulos atrelados ao IPCA vão ajudar a proteger a carteira e garantir bons ganhos reais.
Além disso, historicamente, títulos que pagam IPCA + 6%, ou mais, tendem a superar o CDI em janelas temporais mais longas.
Com o gráfico, fica claro o potencial de retorno que podemos obter com títulos que pagam acima de IPCA + 6%, em que superaram o CDI e até mesmo o Ibovespa nos últimos 10 anos.
Ainda vale ressaltar que assim que o cenário macroeconômico melhorar, a inflação americana mostrar sinais mais claros de arrefecimento e o corte nos juros americanos se tornarem visíveis no horizonte, a taxa de juros brasileira terá mais espaço para ser reduzida com segurança, resultando em uma marcação a mercado positiva para os ativos.
Por fim, gostaria de deixar uma ressalva.
Apesar da atratividade dos títulos atrelados ao IPCA, manter a estratégia de alocação proposta pelos books é essencial para o sucesso a longo prazo.
Por mais desafiador que o cenário para renda variável possa parecer, é importante lembrar que eventualmente ele irá melhorar.
Nesse momento, o potencial de retorno dos ativos será crucial para impulsionar ganhos significativos em nossa carteira.
A alteração realizada foi apenas para aproveitar a oportunidade e aumentar um pouco a posição em títulos atrelados ao IPCA.
Assim, aumentando o potencial de retorno das carteiras.
Porém, manter as proporções estabelecidas é essencial para diluir os riscos e aumentar os ganhos a longo prazo.
Desejamos ótimos investimentos!