Recentemente eu estava em uma reunião analisando um mapa de calor de risco global.
É uma ferramenta que grandes bancos usam para decidir onde colocar dinheiro e onde tirar. As cores variam do verde escuro (muito seguro) ao vermelho vivo (perigo iminente).
Quando meus olhos pousaram na América Latina eu senti aquele incômodo familiar.
O Brasil estava pintado com a mesma cor de países que nós brasileiros costumamos olhar com certa desconfiança.
Nós crescemos ouvindo que o Brasil é o “país do futuro”, uma potência rica em recursos naturais e com um sistema financeiro robusto.
E é verdade em muitos aspectos. Mas existe uma dissonância cognitiva brutal entre como nós nos vemos e como o mundo nos vê.
Para o mercado global o Brasil é “Grau Especulativo”.
Isso não é uma opinião, é uma nota de crédito.
As grandes agências de classificação de risco como a S&P e a Fitch dão ao Brasil uma nota na faixa de “BB”.
Sabe quem tem notas melhores ou iguais a essa? O Paraguai. A Índia. O Vietnã. Até pouco tempo atrás o Peru e Botsuana tinham classificações de investimento superiores às nossas.
Dói no ego nacional admitir isso.
Nós gostamos de pensar que somos a Suíça dos trópicos, mas para o capital estrangeiro nós somos um mercado de fronteira onde o risco precisa ser remunerado com juros altíssimos para valer a pena.
E aqui entra a grande armadilha do investidor brasileiro: a ilusão do CDI.
Durante anos nós fomos seduzidos pelas taxas de juros de dois dígitos. “Para que investir fora se eu ganho 1% ao mês garantido aqui?”, muita gente me pergunta.
A palavra “garantido” é perigosa. O CDI é alto não porque o Brasil é generoso, mas porque o Brasil é arriscado.
O juro alto é o prêmio de risco que você recebe por aceitar ter seu patrimônio em uma moeda que perde valor estruturalmente.
Vamos colocar a emoção de lado e olhar para os números frios dos últimos 10 anos.
Imagine que em 2014 você tivesse R$ 100 mil. Se você tivesse deixado esse dinheiro no CDI surfando todas as altas da Selic hoje você teria acumulado um montante nominal impressionante. Você se sentiria rico em reais.
Agora imagine que você tivesse convertido esses mesmos R$ 100 mil para dólares na época e investido na coisa mais chata e segura do mundo:
Títulos do Tesouro Americano (Treasuries) de curto prazo apenas reinvestindo os juros. Sem ações de tecnologia sem criptomoedas sem risco de bolsa. Apenas a “renda fixa” do governo americano.
Ao trazer esse valor de volta para reais hoje o investidor que ficou na segurança americana teria mais dinheiro do que o investidor que correu o risco brasileiro.
Faça as contas. O dólar saiu da casa dos R$ 2,30 – R$ 2,50 para os patamares atuais acima de R$ 5,50 ou R$ 6,00. A desvalorização cambial comeu pelas bordas todo o ganho real que o CDI prometeu entregar.
O investidor local carregou nas costas o risco de impeachment, risco fiscal, risco jurídico e instabilidade política para no final das contas perder para a aplicação considerada a mais segura do planeta.
Isso é o que eu chamo de assimetria negativa. Você está correndo risco de mercado emergente para ter retornos que muitas vezes perdem para a proteção de moeda forte.
Muitos brasileiros confundem familiaridade com segurança.
Só porque você conhece os problemas do Brasil – a inflação, a corrupção, a burocracia – você acha que eles são “normais” e que sabe lidar com eles. Mas para o seu patrimônio isso não é normal. É corrosivo.
A pergunta que eu te faço hoje é desconfortável mas necessária:
Por que você aceita correr um risco que os maiores investidores do mundo evitam a menos que sejam muito bem pagos por isso?
Se o capital estrangeiro exige um prêmio enorme para entrar no Brasil, por que você deixa 100% do trabalho de uma vida inteira lá de graça?
Internacionalizar não é sobre “ficar rico rápido”.
É sobre parar de empobrecer devagar sem perceber. É sobre garantir que o seu poder de compra seja global porque os seus custos e sonhos (viagens, eletrônicos, saúde de ponta) já são globais.
Romper com a inércia do CDI exige coragem. Exige admitir que o “porto seguro” brasileiro talvez não seja tão seguro assim.
Mas o preço de não fazer nada é muito mais alto: é ver o seu esforço ser diluído ano após ano pela fraqueza da nossa moeda.
Eu quero te convidar a olhar para o seu patrimônio com os olhos de um investidor global e não apenas local.
Se você sente que está na hora de alinhar seus investimentos com a realidade do mundo e parar de apostar tudo em uma única ficha, me responda este e-mail.
Eu leio pessoalmente cada resposta e quero entender o que te impede hoje de dar esse passo.
É burocracia? É medo de não saber como fazer?
E se você já entendeu a urgência e quer agir, nossa equipe na GuiaInvest Wealth está pronta para te mostrar como acessar os mercados mais sólidos do mundo com a mesma facilidade com que você investe aí no Brasil.






