Recebo muitos questionamentos sobre a estrutura do meu portfólio de investimentos, e é mais simples do que a maioria pensa.
Considerando minha idade, perfil de risco e objetivos, o portfólio foi configurado para um perfil agressivo, equivalente ao portfólio “Crescimento 6” no Guiainvest Wealth, um dos mais arrojados para nossos clientes.
Uma parte significativa da alocação do meu portfólio está direcionada ao book de assimetrias, composto por small caps com grande potencial.
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Quem me conhece sabe o quanto busco peneirar as oportunidades no ambiente de ações small caps.
A baixa eficiência do mercado financeiro brasileiro nos permite encontrar oportunidades fora do radar do mercado, por consequência elas apresentam grande distorções entre preço e valor, gerando uma assimetria com grande potencial.
Entretanto, nem tudo são flores.
Lembra da fórmula risco x retorno? Ela se aplica perfeitamente às small caps.
O potencial de retorno não vem sozinho, ele traz o risco embutido.
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E como eu faço para construir essa alocação de Small Caps, sem prejudicar o gerenciamento de risco do meu portfólio de ações?
Bom, inicialmente mantenho uma concentração aceitável em Small Caps, não ultrapassando 50 por cento do total de alocação em ações.
Da fatia em small caps faço uma distribuição com muito cuidado entre subsetores, não concentrando em poucos, assim como também não concentro em poucas ações, de modo que cada small cap compõe no máximo 5% do book.
Mas vale a pena diversificar tanto em small caps?
Sim! A assimetria das ações, justifica essa atitude.
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Quando você tem ativos com alto potencial de uma valorização expressiva e um risco de queda moderado, você tem uma assimetria positiva.
Quando você investe em ações com potencial real de crescimento, você perde, no máximo, 100 por cento do que investiu.
No entanto, não há limite para o que você tem a ganhar.
É exatamente este argumento que valida montar posições, mesmo que pequenas, em small caps.
Vamos ver na prática?
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Imagine-se há 10 anos com 100.000,00 reais para investir em small caps.
Agora imagine que você distribui seus ativos com os mesmos percentuais da minha carteira, sendo 10 por cento em 10 diferentes empresas.
Vamos supôr que em 2014 você tenha comprado 10.000 mil reais de cada ação abaixo:
Empresa | Valor Investido | Performance | Resultado |
VIVR3 | R$ 10.000,00 | -99,66% | R$ 34,30 |
PTNT4 | R$ 10.000,00 | 883,33% | R$ 98.333,33 |
CSUD3 | R$ 10.000,00 | 1001,08% | R$ 110.108,11 |
ROMI3 | R$ 10.000,00 | 652,63% | R$ 75.263,16 |
VULC3 | R$ 10.000,00 | 858,74% | R$ 95.873,79 |
RPMG3 | R$ 10.000,00 | -67,67% | R$ 3.233,44 |
PMAM3 | R$ 10.000,00 | -93,84% | R$ 615,65 |
SLED3 | R$ 10.000,00 | -99,18% | R$ 81,91 |
PINE4 | R$ 10.000,00 | -21,01% | R$ 7.898,55 |
UNIP3 | R$ 10.000,00 | 3612,28% | R$ 381.228,07 |
Total | R$ 100.000,00 | 772,67% | R$ 772.670,30 |
Tivemos 5 posições perdedoras e 5 posições ganhadoras.
Apesar de cinco das ações resultarem em prejuízo, com duas delas quase atingindo uma perda total, os 100 mil reais se transformaram em mais de 700 mil reais devido à assimetria inerente a esse tipo de investimento.
Não existe super herói, faremos escolhas equivocadas, mas dado o contexto apresentado, as perdas são limitadas e os ganhos ilimitados.
Forte abraço,
Eduardo Voglino