Como Funcionam os Bonds, a Renda Fixa Americana?

Veja como investir em renda fixa no mercado internacional.
Como Funcionam os Bonds, a Renda Fixa Americana?
Imagem: Freepik / jcomp

Entender como funcionam os bonds abre novas oportunidades para investidores que buscam diversificar a carteira em títulos de renda fixa negociados no exterior.

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Bonds são títulos de dívida muito comuns no exterior, principalmente em países desenvolvidos como os Estados Unidos.

Eles oferecem a chance de se expor às características da renda fixa americana e ter uma parte da carteira atrelada ao dólar.

Investir na renda fixa americana pode ser benéfico até mesmo para aqueles investidores mais conservadores.

A boa notícia, é que está cada vez mais fácil ter acesso a esses papéis.

Veja como funcionam os bonds, suas características e como investir no exterior com segurança.

O que são bonds americanos?

Bond é um nome genérico para papéis de renda fixa emitidos no exterior. No caso dos bonds americanos, são títulos de dívida emitidos por empresas ou pelo Governo americano.

O termo designa não só papéis emitidos por empresas americanas e Tesouro do País, mas também, títulos lançados por companhias de outras localidades no mercado americano denominados em dólar.

Um dos sentidos da palavra em inglês bond  é “obrigação”. Sendo assim, um governo ou empresa tomam dinheiro emprestado e assumem a “obrigação” de devolver o valor em determinado prazo e com o acréscimo de juros. 

Ou seja, o bond representa um empréstimo do comprador (investidor) ao emissor do título (governo ou empresa) e a obrigação deste emissor para com quem o comprou.

Nesse sentido, os bons funcionam como os títulos de renda fixa comercializados no Brasil, por exemplo, os títulos públicos disponíveis no Tesouro Direto e as debêntures emitidas por empresas, mas com a característica de serem oriundos do exterior.

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Como funciona o bond

Os bonds funcionam como forma das empresas ou Governo levantarem dinheiro para financiar novos projetos, manter operações em andamento ou refinanciar dívidas existentes.

Para isso, eles emitem papéis no mercado que serão comprados por investidores, com determinado prazo de pagamento, acrescido de juros. 

A dinâmica é semelhante à que acontece nos títulos de renda fixa do Brasil.

Os bonds de empresas privadas são comparados com as debêntures brasileiras. 

Quando uma empresa precisa captar dinheiro, ela pode emitir Bonds para tomar emprestado esse dinheiro de investidores.

Os juros pagos pelos bonds são determinados pelo risco de crédito conforme classificação de agências internacionais, como Moody’s, Fitch e S&P que atribuem notas aos papéis de empresas e governos.

Dependendo do seu “grau de investimento” (segurança), “grau especulativo”, “vulnerabilidade” e “default” (calote), um bond pode pagar mais ou menos juros.

Sendo que quanto maior o risco, maior costumam ser os juros pagos.

O prazo do título é outro fator que influencia na precificação. Geralmente, quanto mais longe do vencimento, maior a recompensa.

Já os bonds emitidos pelo Governo americano tem funcionamento semelhante ao do Tesouro Direto da renda fixa brasileira.

Os títulos do Tesouro americano, ou Treasuries, são considerados os bonds de menor risco e um dos investimentos mais seguros do mundo. 

Depois de investir na renda fixa americana, o investidor pode esperar o vencimento do bond para receber o valor nas condições estabelecidas na hora da contratação. Ou pode optar por vendê-lo no mercado secundário.

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Tipos de Bonds

Existem diversos tipos de títulos dessa classe. Para saber quais os melhores bonds para investir é fundamental conhecer as características de cada um e analisar as oportunidades. 

Os bonds podem ser:

  • Públicos, como os títulos da dívida pública, emitidos pelo Governo do país;
  • Corporativos, aqueles emitidos por empresas ou outras instituições privadas. 

Veja como funciona cada um deles a seguir:

Treasury Bonds (bonds do Governo)

Os Treasury Bonds ou Government Bonds, são títulos emitidos pelo Tesouro de um país.

Cada país tem a sua forma de emitir bonds, aqui vamos falar do mais conhecido e popular, os bonds emitidos pelo governo norte-americano.

Os três tipos principais são:

  • Treasury bills (T-Bills): vencimento em até um ano;
  • Treasury notes (T-Notes): vencimento entre 2 e 10 anos;
  • Treasury bonds (T-Bonds): vencimento entre 10 e 30 anos.

Todos estes Treasury bonds são prefixados, ou seja, a taxa de retorno é a definida na hora da contratação. Além disso, os T-Notes e T-Bonds pagam juros semestrais. 

Com o avanço dos preços nos Estados Unidos, outro título ganhou espaço no mercado, o bond protegido da inflação chamado de “Tips”. 

Neste caso, além de uma taxa prefixada, o papel cobre a variação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês). 

Ele funciona de forma semelhante ao título do Tesouro IPCA+ no Brasil. 

O pagamento de juros é semestral e os prazos de vencimento são de cinco, dez ou trinta anos.

Corporate Bonds (títulos corporativos)

Os bonds emitidos por empresas, também conhecidos como títulos corporativos, têm diferentes prazos de vencimento. 

Os bonds de curto prazo são aqueles que vencem em até cinco anos. Entre cinco e 12 anos, eles são considerados de médio prazo. Já acima de 12 anos, são de longo prazo.

Eles também diferem em suas obrigações, podendo ser separados pela taxa ou tipo de pagamento de juros ou cupom e outros atributos. 

Veja algumas das variações mais comuns:

  • Coupon: pagam juros semestral ou anualmente;
  • Zero-coupon: não pagam pagam cupons, em vez disso, remuneram apenas no vencimento;
  • Convertible: permite aos detentores de títulos converter sua dívida em ações da empresa (como as Debêntures Conversíveis);
  • Callable: pode ser comprado de volta pela empresa antes de seu vencimento em troca de algum bônus;
  • Puttable: permite que os detentores vendam o título de volta à empresa antes de seu vencimento. 

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Como investir em bonds americanos?

Existem duas formas de acessar o mercado americano e investir em bonds.

A primeira é investir indiretamente do Brasil, via fundos de investimentos em renda fixa internacional e ETFs listados na B3 ou investir diretamente no exterior utilizando a estrutura de bancos e corretoras para acessar bonds e ETFs.

No caso de Treasuries dos EUA, para investir diretamente é necessário ter uma conta em uma corretora norte-americana e um “social security number”, um número que funciona como uma espécie de CPF, da mesma forma que acontece com o Tesouro Direto no Brasil.

Algumas corretoras internacionais permitem que o investidor compre uma unidade inteira de um título do Tesouro americano, mas costuma ser um valor muito elevado.

A melhor forma de investir na renda fixa americana é comprando bonds diretamente por meio de uma corretora internacional ou em corretora brasileira com acesso ao mercado norte americano.

Também é possível comprar cotas de ETFs de bonds americanos diretamente nos EUA. Os valores mínimos para esse tipo de investimento normalmente partem de US$ 100.

Já uma opção mais prática são os ETFs de renda fixa internacional listados na B3, como:

  • BNDX11: replica no Brasil o  ETF BNDX (Vanguard Total International Bond ETF) e investe em títulos  de renda fixa globais ;
  • USDB11: replica o ETF BND (Vanguard Total Bond Market ETF) que investe em bonds dos EUA.

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Tributação dos bonds

De acordo com a Receita Federal, todo rendimento gerado por aplicações em títulos fora do Brasil é considerado ganho de capital, incluindo os cupons de bonds.

A alíquota do IR aplicada sobre esses rendimentos dependerá da diferença entre o valor de compra e o valor de venda do Bond (ganho de capital), seguindo a tabela progressiva:

Base de cálculo mensalAlíquota
Até R$ 5 milhões15%
De R$ 5 milhões até R$ 10 milhões17,5%
De R$ 10 milhões até R$ 30 milhões20%
Acima de R$ 30 milhões22,5%

Importante: São isentas de ganho de capital no exterior as vendas de ativos financeiros de mesma natureza até o limite de R$ 35 mil reais por mês.

Para facilitar, existem hoje os consultores de investimentos internacionais, que são profissionais que atuam no Brasil especializados no exterior e dão todo o suporte na seleção de ativos, acompanhamento da carteira e tributação.

Quanto rende os bonds?

O rendimento dos bonds depende das taxas de juros no país.

A alta dos juros pelo Federal Reserve (banco central norte-americano) impulsionou ainda mais a compra dos títulos da renda fixa americana do ponto de vista de proteção e diversificação de investimentos.

Os melhores bonds para investir dependem também do perfil do investidor. Aqueles com mais apetite ao risco podem procurar por títulos de crédito privado (emitido por empresas) com maior potencial de ganho, mas lembre-se que isso vem acompanhado de mais risco.

De maneira geral, os bonds são classificados em High Yield (papéis com alto potencial de ganho e mais risco de calote) e os High Grade (papéis de empresas com baixo risco de calote, e ganhos menores).

Portanto, ao escolher um título para investir, é preciso mais do que apenas se atentar à taxa oferecida, mas ao risco do investimento.

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Quais os melhores bonds para investir?

Os melhores bonds para investir dependem do seu perfil de investidor, objetivos e estratégia de alocação de ativos para proteção do patrimônio.

A melhor forma de investir na renda fixa americana é comprando bonds diretamente por meio de uma corretora internacional ou em corretora brasileira com acesso ao mercado norte americano.

Para fazer isso sem erro e com mais comodidade, conte com a ajuda de um consultor de investimentos internacionais.

No mercado existem também os ETFs de renda fixa, que são uma carteira de títulos que buscam replicar algum índice. Esta é uma forma simplificada de se expor ao mercado americano de bonds.

Alguns ETFs disponíveis no mercado americano são:

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Investir em Bonds vale a pena?

Investir em bonds vale a pena, afinal, o mercado de renda fixa americano já tem um grau de evolução bem maior do que brasileiro. Além de ser mais maduro, proporciona maior liquidez, rentabilidade, segurança e diversificação.

Para efeitos de comparação, o estoque combinado de bonds do Tesouro americano e corporativos somou US$ 32,6 trilhões, o equivalente a R$ 171,7 trilhões. 

No mesmo período, a combinação dos títulos do Tesouro brasileiro e emitidos por empresas no Brasil somou R$ 6,3 trilhões, segundo levantamento de 2021 da XP.

Alocar parte do patrimônio no exterior, como em bonds, possibilita uma proteção àquela parcela da carteira em uma moeda forte.

Para investir no exterior com segurança, procure ajuda especializada de um consultor de investimentos. 
Entre em contato com a GuiaInvest Wealth e realize um diagnóstico gratuito financeiro.

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