Se cada nova notícia no mercado ou mudança na carteira recomendada da corretora traz aquela vontade de mexer nos seus investimentos, saiba que você não está sozinho.
Mas será que isso realmente ajuda?
Você já parou para pensar se o “giro” constante na sua carteira está realmente te levando para onde quer chegar ou só minando seus lucros?
Normalmente, pensamos que manter a carteira “em movimento” é acompanhar as melhores oportunidades, trocando o que parece fraco por algo mais “promissor”.
Mas aqui vai uma contradição importante: girar sua carteira demais pode estar corroendo seus retornos.
Não é só teoria.
Estudos comprovam que mexer demais na carteira gera custos que impactam diretamente seus resultados, como taxas de transação, impostos e o famoso “spread” – a diferença entre o preço de compra e venda.
No final, tudo isso pesa no seu bolso, com menos ganhos e mais desgaste.
Imagine um agricultor.
Ele não revira a terra a cada semana; ele planta, rega, espera e só colhe no tempo certo.
Se ele mexesse nas plantas o tempo todo, nunca veria os frutos. Nos investimentos é parecido: para colher resultados, você precisa de calma e consistência.
A mudança constante custa dinheiro, esvazia seus ganhos e, no final, pode ser mais prejudicial que o próprio risco do mercado.
Há dados bem claros sobre isso.
Nos anos 50 e 60, o investidor médio segurava suas ações por cerca de 8 anos. Hoje, a média caiu para menos de 6 meses!
O excesso de movimento trouxe impactos diretos nos retornos, pois enquanto os investidores giram a carteira em busca do próximo “ouro”, os custos e o impacto das más decisões se acumulam.
Um estudo da Charles Schwab, por exemplo, revela que uma carteira com alta movimentação pode perder até 1,5% ao ano em rendimento comparado àquela com baixa movimentação.
Ou seja, cada mexida no portfólio corrói um pouquinho do retorno.
É claro que esse comportamento vem de alguns vieses psicológicos, como o FOMO (medo de ficar de fora).
O FOMO te faz pensar que toda nova oportunidade precisa ser aproveitada, mas isso leva a decisões rápidas e pouco estratégicas.
Outro viés é o da ação, que dá a sensação de controle cada vez que você “faz algo” pela sua carteira.
Mas mexer sem necessidade pode ser um tiro no pé, e a cada venda e compra, mais impostos e custos de transação são aplicados, junto ao spread, que é o preço “a mais” que você paga ao trocar de ativos.
Esses movimentos são parte do que reduz sua rentabilidade e aumentam o risco da sua estratégia financeira.
Quer evitar o giro excessivo?
Tente revisar a carteira de tempos em tempos e com objetivos claros.
Ao invés de olhar para cada oscilação diária, revise os resultados a cada seis meses ou uma vez por ano.
Outra prática é registrar seus motivos para cada compra ou venda, assim você tem uma “âncora” racional para suas decisões futuras e evita o impulso de mexer sem propósito no seu portfólio.
E aí, que tal rever as últimas mudanças que você fez na sua carteira?
Quantas delas realmente trouxeram retornos melhores?
E quantas você faria de novo, considerando os custos de cada mexida?
Caso você precise de ajuda para lidar com seus investimentos, agende uma conversa gratuita com um dos nossos consultores de investimentos da GuiaInvest.
Eles irão te orientar nas melhores práticas para evitar tomar decisões equivocadas que possam prejudicar seus objetivos financeiros.
Faça um agendamento gratuito e aguarde o nosso contato para montar o seu plano de investimentos.
Um abraço,
André Fogaça