Tive um sonho diferente e inusitado…
Nele, tive a honra de jantar com Charlie Munger, o estimado sócio de Warren Buffett, que recentemente faleceu no dia 28 de novembro de 2023, aos 99 anos.
Durante o nosso encontro, abordamos uma variedade de tópicos, mas o momento mais marcante foi quando perguntei a ele sobre as lições que aprendeu ao longo da vida.
Especialmente a respeito do segredo do sucesso nos investimentos.
O que ele me revelou ao final da nossa conversa foi verdadeiramente surpreendente.
A conversa se desenrolou mais ou menos assim…
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ANDRÉ: Oi Charlie, é uma grande honra ter a oportunidade de conversar pessoalmente com você. Me sinto um privilegiado.
CHARLIE: Ah, André! Que bom que pôde se juntar a mim esta noite. Sempre é um prazer compartilhar boas histórias e, quem sabe, um pouco do que aprendi ao longo dos anos.
ANDRÉ: Charlie, o prazer é todo meu! Sempre admirei a forma como você e o Warren abordam investimentos. Me conte, o que você considera a característica mais importante para um investidor?
CHARLIE: Bem, eu diria que a paciência. A maioria das pessoas quer resultados imediatos. Elas entram no mercado de ações como se estivessem indo ao cassino, esperando sair de lá com o bolso cheio em uma noite. Mas a verdadeira riqueza é construída ao longo do tempo. Se você observar os melhores investidores, verá que a paciência é um traço comum entre eles.
ANDRÉ: Então, se eu entendi bem, devemos buscar investimentos de longo prazo e não nos preocupar com as oscilações de curto prazo?
CHARLIE: Exatamente. Investir é como plantar uma árvore. Você não pode ficar desenterrando a semente todos os dias para ver se ela está crescendo. É preciso regá-la, protegê-la e, sobretudo, esperar. Se fizer tudo certo, com o tempo, você terá uma bela árvore frutífera. No mundo dos investimentos, muitos focam no ruído diário do mercado, mas esquecem do essencial: comprar negócios sólidos a preços razoáveis e mantê-los.
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ANDRÉ: E como podemos identificar esses negócios sólidos?
CHARLIE: Isso me leva a outra lição valiosa: a importância da educação contínua. Você precisa entender os fundamentos de uma empresa: seu modelo de negócios, sua posição no mercado, seus concorrentes, sua estrutura de capital, entre outros. E, acima de tudo, nunca investir em algo que você não entende. Warren e eu já passamos por muitas oportunidades porque simplesmente não entendíamos o negócio. E tudo bem. Como dizemos, é melhor estar aproximadamente certo do que precisamente errado.
ANDRÉ: Charlie, uma coisa que sempre me impressionou foi a capacidade de vocês de manterem a calma durante crises. Como fazem isso?
CHARLIE: Ah, crises! Elas sempre vão existir, André. E a razão pela qual conseguimos manter a calma é porque vemos crises como oportunidades. Quando o mercado está em pânico, muitos vendem ativos valiosos a preços de liquidação. Mas para aproveitar essas oportunidades, é preciso ter uma coisa: disciplina emocional. Você não pode se deixar levar pelo medo ou pela ganância. Em vez disso, baseie suas decisões em fundamentos sólidos e em uma análise criteriosa.
ANDRÉ: E como cultivamos essa disciplina emocional?
CHARLIE: Primeiramente, esteja ciente de que somos todos humanos e sujeitos a falhas. Reconhecer nossas emoções e como elas podem afetar nossas decisões é o primeiro passo. Além disso, rodeie-se de pessoas que compartilhem dos mesmos princípios e valores. Ter uma rede de suporte que pode oferecer uma perspectiva equilibrada é inestimável. E por último, mas não menos importante, sempre continue aprendendo. Quanto mais você souber sobre o mundo dos negócios e investimentos, menos provável será que você tome decisões impulsivas.
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ANDRÉ: Incrível, Charlie. E sobre diversificação, o que pensa?
CHARLIE: Diversificação é uma proteção contra a ignorância. Se você realmente sabe o que está fazendo, a diversificação não é necessária. Mas claro, para a maioria das pessoas, é sensato não colocar todos os ovos na mesma cesta. Entretanto, Warren e eu preferimos ter um punhado de investimentos de alta qualidade a um portfólio cheio de medianos.
ANDRÉ: Isso é interessante. Ouvi dizer que diversificar é como ter um guarda-chuva em um dia ensolarado; você carrega um peso extra sem necessidade. Mas para aqueles que não têm o conhecimento profundo de vocês, como devem proceder?
CHARLIE: É uma boa analogia. Para a maioria dos investidores, especialmente aqueles que estão começando ou que não podem dedicar muito tempo à análise de empresas, a diversificação é uma estratégia sensata. Fundos de índice, por exemplo, são uma ótima maneira de obter diversificação instantânea com baixos custos. O importante é entender o que você possui em seu portfólio e por quê. Não compre algo simplesmente porque alguém disse que era uma boa ideia.
ANDRÉ: Falando em conselhos, Charlie, como você lida com todas as opiniões e “dicas quentes” que circulam por aí? Afinal, no mundo digital de hoje, somos bombardeados por informações a todo momento.
CHARLIE: Ah, o barulho do mercado! O desafio de hoje não é a falta de informação, mas o excesso. E muitas dessas “dicas quentes” não valem o tempo que gastamos ouvindo-as. Minha abordagem sempre foi se concentrar no que é fundamental e ignorar o resto. E aqui vai uma dica: se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente é.
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ANDRÉ: Bem, definitivamente vou lembrar disso! E sobre erros, Charlie? Você já cometeu algum erro significativo em seus investimentos?
CHARLIE: (Rindo) Ah, André! Se eu te mostrasse a lista de todos os meus erros, passaríamos a noite inteira aqui. O importante não é evitar erros – porque isso é inevitável – mas aprender com eles. O fracasso pode ser um professor maravilhoso, desde que estejamos dispostos a ouvir suas lições.
ANDRÉ: Isso é reconfortante, de certa forma. Saber que até os maiores investidores cometem erros. Mas o que diferencia os grandes investidores dos medianos?
CHARLIE: Penso que há algumas coisas. Primeiro, a capacidade de aprender com os erros e não repeti-los. Segundo, a habilidade de pensar de forma independente. O mundo está cheio de pessoas seguindo o rebanho. Ser capaz de se afastar e dizer: “Eu discordo e aqui está o porquê”, é valioso. E, finalmente, uma curiosidade insaciável. O desejo de sempre aprender e entender mais sobre o mundo ao nosso redor.
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ANDRÉ: Charlie, esta conversa tem sido incrivelmente valiosa. Antes de terminarmos nosso jantar, você tem algum conselho final para mim?
CHARLIE: Bem, André, eu diria para nunca parar de aprender. O mundo está sempre mudando e é vital se adaptar e crescer com ele. Invista em si mesmo e no seu conhecimento. E lembre-se: a paciência e a disciplina são as verdadeiras chaves para o sucesso nos investimentos. Não busque atalhos, pois o caminho para a riqueza duradoura é um processo, não um destino.
ANDRÉ: Muito obrigado, Charlie. Esta noite foi verdadeiramente esclarecedora.
CHARLIE: Foi um prazer, André. Espero que possamos fazer isso novamente em breve. E lembre-se sempre de investir com a mente, não com o coração. E se você não consegue fazer isso por conta própria, você deve considerar buscar ajuda de um profissional. Recomendo um consultor de investimentos da GuiaInvest Wealth.
E assim terminou nossa conversa. Espero que você tenha aprendido, assim como eu, lições valiosíssimas com um dos maiores nomes do mundo dos investimentos.
Um abraço,
André Fogaça