IVVB11 ou Investir no Exterior Diretamente? BDR ou Ações?

O que faz mais sentido para você? O investimento direto no exterior ou através da bolsa de valores brasileira?
IVVB11 ou Investir no Exterior Diretamente? BDR ou Ações?
Imagem: Freepik / rawpixel.com

Investir no exterior diretamente ou em BDRs na bolsa brasileira é uma dúvida comum daqueles que querem diversificar o portfólio com ativos fora do país, mas o que é melhor?

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A melhor forma de investir em ações internacionais é aquela que faz mais sentido para você.

Calma, não estou fugindo da resposta. Porém, eu preciso que você entenda que as opções  dependem do seu objetivo como investidor e de quanto dinheiro você tem para isso.

Afinal, não podemos generalizar, porque cada investidor possui sua realidade. O que é consenso é que você precisa ter uma parte do seu patrimônio alocada em ativos no exterior.

O investimento no exterior pode ser feito de duas formas: investir no exterior diretamente ou através de ativos disponíveis na B3.

As duas modalidades possuem pontos positivos e pontos negativos. Saiba um pouco mais sobre cada uma delas.

Ao final deste artigo você vai saber se deve optar por um ETF que acompanha índices do exterior, como o IVVB11 ou investir diretamente, ou ainda se deve optar por stocks ou BDRs.

Vou te mostrar ainda o melhor caminho para investir no exterior.

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Investir no Exterior Diretamente

A primeira forma de investir no exterior é diretamente na Bolsa de Valores do país escolhido.

Isso envolve abrir uma conta em uma corretora que tenha acesso à bolsa desejada, normalmente a norte-americana é a mais procurada por conta da maturidade do mercado, opções disponíveis e moeda forte.

Depois, você envia dinheiro e faz suas ordens de compra do mesmo jeito que faria comprando ações na B3 em qualquer corretora brasileira.

Por conta da internet e de iniciativas que facilitaram o acesso, hoje em dia é muito mais fácil investir diretamente no exterior.

Temos muitas opções de corretoras internacionais, como a Avenue, inclusive com sites em português.

Algumas corretoras brasileiras também estão tendo o acesso ao mercado norte-americano, como a XP, aproximando o investidor brasileiro do mercado internacional direto.

A principal vantagem de investir no exterior diretamente é a variedade de ativos. 

Investir nos Estados Unidos, por exemplo, te dá o acesso ao mundo, uma vez que várias empresas abrem capital lá.

A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) abriga mais de 2,4 mil ações e a Associação Nacional de Corretores de Títulos de Cotações Automática (Nasdaq), mais de 3,6 mil companhias.

Ao investir direto você tem a chance de se tornar sócio de qualquer empresa com capital aberto no mundo, diretamente do seu smartphone e com custo baixo.

Isso te dá acesso a uma série de ações que não possuem BDRs aqui no Brasil, sem contar que estará investindo nos papéis da empresa mesmo e não em recibos.

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Vantagens de investir no exterior diretamente

  • Acesso a mais classes de ativos: stocks, Reits, ETFs, títulos de renda fixa (bonds);
  • Experiência parecida com o investimento ativo na Bolsa brasileira;
  • Escolher ativamente as ações que formarão o portfólio;
  • Mais controle sobre a gestão da carteira;
  • Isenção de imposto sobre ganho de capital até 35 mil reais em ativos por mês;
  • Dinheiro realmente investido no exterior, diferente de investir pela bolsa brasileira onde seus ativos ainda estão no Brasil.

Desvantagens de investir no exterior diretamente

A grande desvantagem de investir diretamente no exterior são os custos. Estes devem ser avaliados com calma, pois podem compensar para quem tem um patrimônio maior

Porém, para aqueles que vão investir no exterior com pouco dinheiro, pode não ser a melhor forma.

Pagamos, em média, 1,7 % do valor enviado para outro país em taxas de remessa (spread e IOF).

Por tanto, as maiores desvantagens do investimento direto no exterior são:

  • Taxa de corretagem (depende da corretora e tipo de conta) cobrada em dólar;
  • Taxa de remessa ao enviar dinheiro para fora do país (IOF e spread cambial);
  • Tributação de 30% dos dividendos são cobrados na fonte nos Estados Unidos;

Para facilitar o investimento no exterior, existem hoje os consultores de investimentos internacionais, que são profissionais que atuam no Brasil especializados no exterior e dão todo o suporte na seleção de ativos, acompanhamento da carteira e tributação.

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Investir em BDRs

Uma forma de investir em ações no exterior sem enviar dinheiro para fora do país é através dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que são certificados que representam ações emitidas por empresas em outros países.

Ao investir em BDR, você não compra diretamente as ações da empresa no exterior. Em vez disso, investe recibos que representam esses papéis.

Basicamente, são valores mobiliários com lastro em papéis de companhias estrangeiras.

Essas ações existem de fato lá fora, que ficam depositadas e bloqueadas em uma instituição financeira que atua como custodiante.

A grande vantagem de investir em BDR é a facilidade, uma vez que os certificados são negociados na B3.

Existem 2 tipos de BDRs: os patrocinados e os não-patrocinados. 

Os BDRs patrocinados são aqueles em que a empresa emissora das ações participa da listagem na B3. 

Nesse caso, é da vontade da empresa ter presença no mercado brasileiro. Esses papéis são a minoria e podem terminar com 32 ou 33.

Já os BDRs não-patrocinados são aqueles em que a iniciativa de lançar os recibos no Brasil não parte da empresa emissora, mas de uma instituição depositária. A maioria dos BDRs disponíveis na B3 são desse tipo.

Por exemplo, a Apple nunca pediu para ter seus BDRs listados na Bolsa de Valores Brasileira, mas a B3 e uma instituição depositária criaram esse mecanismo para que brasileiros pudessem investir em suas ações no Brasil.

Os BDRs não-patrocinados são negociados com o número 34 ou 35 no final.

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Vantagens de investir em BDR

  • Praticidade na hora de investir, já que  investe direto na bolsa brasileira com sua corretora do Brasil;
  • Negociação feita em reais;
  • Não há remessa para o exterior, o dinheiro fica custodiado no Brasil;
  • Abertura das BDRs tornaram elas acessíveis para todos os investidores;
  • Direito de receber dividendos.

Desvantagens de investir em BDR

  • Mantém os investimentos em reais;
  • Não compra o ativo em si, mas um certificado com lastro no ativo do exterior;
  • Na prática você compra um título que é negociado na bolsa brasileira;
  • As ações das empresas do exterior não ficam custodiadas em seu nome, mas no nome da instituição depositária que é que emite o BDR;
  • Não há isenção de imposto, investidor precisa pagar 15% sobre o ganho;
  • Ainda há poucas opções de BDRs em comparação  ao número de empresas disponíveis na bolsa americana;
  • Parte dos dividendos é retida. É aplicada taxa de 3% da B3 mais IOF sobre os dividendos entregues;
  • Instituições depositárias costumam ficar com cerca de 5% dos dividendos como um tipo de remuneração indireta por disponibilizar estes ativos.

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Investir em ETFs Internacionais

Outra forma de se expor aos ativos no exterior é por meio dos ETFs internacionais, seja investindo diretamente lá fora ou em ETFs listados no Brasil.

ETF é abreviação de Exchange Traded Funds, um produto que replica índices do mercado.

Na bolsa de valores brasileira, a B3, existem ETFs internacionais listados. 

Ao adquirir tais cotas, o investidor, passa a deter indiretamente os ativos estrangeiros da carteira teórica do índice, sem precisar comprá-las separadamente no mercado externo. 

O mais comum é que o ETF listado no Brasil compre cotas do ETF listado no exterior que segue o mesmo índice adicionando taxa sobre taxa.

Como exemplo de ETFs que adotam esse modelo temos o IVVB11, WRLD11, XINA11, ALUG11 e 5GTK11.

Um dos principais representantes dessa modalidade de investimento é o IVVB11, que replica o maior índice da bolsa americana (NYSE), o S&P 500.  

Ao investir em IVVB11 o investidor tem acesso indireto às 500 maiores empresas dos EUA, através da B3.  

O grande problema do acesso indireto ao produto é a adição de custos e ineficiências.

Já o investimento em ETFs internacionais direto no exterior funciona de forma semelhante a investir no exterior diretamente.

Existem mais de 2.000 ETFs disponíveis para investir diretamente nos Estados Unidos, enquanto que no Brasil, existem pouco mais de 60 ETFs de renda variável internacional disponíveis aos investidores na B3.

Uma prática comum dos ETFs americanos é o pagamento de dividendos. 

A decisão de distribuir resultados e a periodicidade com a qual isso é feito depende da política de cada ETF. 

No caso dos ETFs de mercados americanos negociados no Brasil, os dividendos são reinvestidos pelo Fundo para reforçar suas posições.

Somente a partir de 30 de janeiro de 2023, a B3 passou a permitir a listagem de ETFs que pagam dividendos na Bolsa. Contudo, isso só vale para os Fundos listados a partir dessa data, para os anteriores nada muda.

Vale destacar também que os custos referentes à taxa de administração dos ETFs listados nos EUA costumam ser mais baixos do que os disponíveis na B3.

Mesmo com essas vantagens, o problema do ETF continua a falta de controle sobre os investimentos, uma vez que simplesmente seguem um índice.

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Vantagens de investir em ETFs internacionais listados na B3

  • Simplicidade de reunir ativos diversos em um único produto;
  • Pode ser feito com pouco dinheiro;
  • Não precisa enviar dinheiro para o exterior, eliminando o pagamento de IOF e spread cambial. 

Desvantagens de investir em ETFs internacionais listados na B3

  • Você não decide quais ações o fundo compra;
  • Seu dinheiro não sai do Brasil;
  • Os investimentos ficam registrados na B3, logo, você é dono de uma cota de ETF no Brasil, o que é diferente de comprar um ETF direto nos EUA, pois são ativos diferentes.
  • Adicionam o custo da taxa de administração.

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Investir no exterior diretamente ou através da bolsa de valores brasileira? 

Agora que você conhece as vantagens e desvantagens de investir no exterior diretamente ou através da bolsa de valores brasileira, precisa entender quanto tempo e dinheiro quer colocar em seus investimentos no exterior.

E, também, entender quanto controle deseja ter dessa parcela de sua carteira e se deseja ter o acesso direto a uma vida financeira verdadeiramente global.

Como eu disse no início, não existe certo e errado, mas sim, o que é melhor para o seu patrimônio e os seus objetivos.

O importante é que abra seus horizontes e entenda que investir no exterior é necessário para quem quer ampliar e assegurar o patrimônio.

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Então, você deveria investir em BDRs ou ações? Em IVVB11 ou investir no exterior diretamente?

Investir por meio das opções disponíveis na bolsa brasileira, como em BDRs e ETFs são formas mais simples e fáceis de diversificar a carteira com ativos internacionais.

Estas costumam ser as melhores opções para quem está começando e quer conhecer melhor o mercado internacional ou tem pouco dinheiro para investir internacionalmente.

Porém, para quem deseja uma carteira mais robusta, com acesso às melhores oportunidades e investimentos, investir diretamente é a melhor alternativa.

Para isso, o melhor caminho é ter o auxílio de um consultor de investimentos para te aconselhar e validar as suas tomadas de decisões ao investir no exterior.

Nossos consultores na GuiaInvest Wealth te ajudam a avaliar o prazo de investimento, a quantia, as melhores opções, os melhores investimentos para compor a carteira e ainda toda a orientação com a tributação de investir no exterior.

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