Ao colocar o dinheiro para trabalhar para você, o mínimo que se espera é ter investimentos acima do CDI e que supere a inflação.
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Infelizmente não é sempre isso que acontece, especialmente em produtos oferecidos pelos grandes bancos ou por profissionais mal intencionados.
Ao procurar por aplicações financeiras provavelmente você já se deparou com frases como “100% do CDI”, “120% CDI” ou “rentabilidade de 90% do CDI garantida”, mas o que isso significa?
O CDI é um benchmark importante para avaliar a rentabilidade da renda fixa e fundos de renda fixa. Sua alíquota está bem próxima da taxa básica de juros, a taxa Selic.
Com a Selic em 13,75% ao ano (na escrita deste artigo), o valor do CDI hoje é de 13,65% ao ano.
Será que essa é a hora de sair da renda variável e migrar para a renda fixa? Para responder essa pergunta, primeiro é preciso entender como funciona o CDI e como ele influencia nos seus investimentos.
Continue a leitura e saiba como fazer investimentos acima do CDI sem risco.
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O que é CDI?
O CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interbancário, um título de curtíssimo prazo emitido pelos bancos no empréstimo de dinheiro uns aos outros.
Esses títulos seguem uma determinada taxa de juros, chamada de “taxa DI” que, por sua vez, acompanha de perto a Selic do período.
Apesar dos investidores não poderem investir diretamente no CDI, ele é usado como principal índice dos investimentos de renda fixa.
Investimentos como CDBs (Certificado de Depósito Bancário), LCIs (Letras de Crédito Imobiliário), LCAs (Letra de Crédito do Agronegócio) e outros títulos de renda fixa, por exemplo, possuem sua rentabilidade atrelada ao CDI.
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Qual a relação do CDI com a taxa Selic?
As operações interbancárias com o CDI têm como objetivo equilibrar o caixa das instituições financeiras diariamente, que são obrigadas por uma resolução do Banco Central a manter o caixa positivo ao final do dia.
Para isso, muitas vezes, as instituições precisam emprestar dinheiro entre si.
Porém, esse empréstimo entre bancos não sai de graça, ele segue uma taxa de juros, a taxa DI.
Essa taxa é calculada diariamente pela B3 e representa a média dos juros praticados nesses empréstimos entre bancos.
Como a garantia dada nesses empréstimos são títulos públicos, a taxa DI segue de perto a taxa Selic, a taxa básica de juros da economia.
Embora a Taxa DI e a Taxa Selic não sejam exatamente iguais, elas estão intimamente ligadas. Geralmente, a taxa DI está entre 0,1 e 0,2% abaixo da taxa de juros.
Portanto, a principal diferença entre a Taxa DI e a Selic é a sua finalidade.
Enquanto a Selic é a taxa de referência da economia brasileira, a Taxa DI é a média dos juros praticados nos empréstimos entre bancos.
Esta, por sua vez, serve como referência para diversos investimentos de Renda Fixa que seguem o CDI.
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O que significa rendimento 100% do CDI?
O rendimento de 100% do CDI significa que determinado investimento paga exatamente o valor da taxa DI, a taxa praticada para empréstimos entre instituições financeiras.
Ou seja, ao fazer um investimento que paga 100% do CDI, seu dinheiro renderá exatamente de acordo com o comportamento deste indicador até a data do vencimento, que, por consequência, será bem semelhante ao valor da Selic do momento.
Por exemplo, se o CDI está em 10%, o investimento pagará 10%. Se ele estiver em 2%, pagará 2% e assim sucessivamente.
Hoje, a taxa DI, que também representa os 100% do CDI, rende 13,65% ao ano.
Dessa forma, se um investidor alocar R$10 mil no início do ano, ao final deste, terá um total de R$11.365, caso essa taxa permaneça a mesma.
O CDI é um benchmark para investimentos de renda fixa, mas cada instituição financeira do mercado pode oferecer títulos e outros investimentos a diferentes taxas do CDI.
Um investimento que praticamente não possui risco, deve pagar 100% do CDI para estar alinhado ao mercado, caso contrário, estará rendendo abaixo do que pode (lembre-se que o CDI segue de perto a Selic).
Portanto, olhe com cuidado para ativos de renda fixa com rendimentos inferiores a 100% CDI ou poderá perder dinheiro.
Por outro lado, algumas empresas de investimentos oferecem títulos que pagam 110%, 120%, 200% do CDI, para torná-los mais atrativos.
Nesses casos, para fazer investimentos acima do CDI, com segurança, é preciso aprender a selecionar os melhores de acordo com o nível de risco envolvido.
Lembre-se que nem sempre a maior rentabilidade significa a melhor alternativa.
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Quanto rende os investimentos acima do CDI? É bom?
No mercado o investidor vai encontrar aplicações que rendem diferentes porcentagens do CDI, como por exemplo, 90%, 100% ou 110% do CDI.
Essa rentabilidade ocorre principalmente em investimentos pós-fixados, que possuem o rendimento atrelado ao indicador.
Dessa forma, o investidor não o valor final do investimento, mas sabe qual é o percentual do CDI que a aplicação vai entregar.
Para descobrir quanto rende um investimento que paga sua rentabilidade de acordo com o CDI, basta realizar um cálculo simples:
Porcentagem além (ou abaixo) do CDI × o valor da taxa DI hoje
Por exemplo, para um investimento que rende 110% do CDI, teremos 1,1 * 13,65 = 15,05% ao ano.
Para facilitar, veja quanto rendem várias porcentagens do CDI hoje:
Valor do CDI | Fórmula de cálculo | Resultado (ao ano)* |
80% do CDI | 0,8 × 13,65 | 10,92% |
90% do CDI | 0,9 × 13,65 | 12,285% |
100% do CDI | 1,0 × 13,65 | 13,65% |
105% do CDI | 1,05 × 13,65 | 14,3325% |
110% do CDI | 1,1 × 13,65 | 15,015% |
115% do CDI | 1,15 × 13,65 | 15,6975% |
120% do CDI | 1,2 × 13,65 | 16,38% |
130% do CDI | 1,3 × 13,65 | 17,745% |
150% do CDI | 1,5 × 13,65 | 20,475% |
200% do CDI | 2,0 × 13,65 | 27,3% |
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Veja que as aplicações que pagam abaixo de 100% do CDI não alcançam o valor da taxa Selic, que é um dos principais indexadores para a economia brasileira.
No caso de um CDB que paga 80% do CDI, o retorno bruto no ano é de 10,92%.
Já o Tesouro Selic, considerado um dos títulos mais seguros do país, acompanha em 100% a taxa básica de juros da economia brasileira.
Portanto, entrega atualmente uma rentabilidade bruta (sem contar imposto de renda ou inflação) de 13,65% ao ano ou 1,072% ao mês.
Existem ainda boas oportunidades para fazer investimentos acima do CDI, sem correr riscos desnecessários.
Uma aplicação de 110% do CDI rende 15,015% ao ano hoje. Já 200% do CDI rendem o dobro da taxa, ou seja, 27,3% anuais.
Então qual escolher? A aplicação de 110% do CDI ou a de 200% do CDI?
Apesar da segunda render mais, ele está envolta de maior risco. Por isso, primeiro será preciso fazer um diagnóstico financeiro.
Note que nesses cálculos consideramos apenas a rentabilidade bruta, mas para ter uma projeção melhor, precisamos considerar a rentabilidade real, aquela obtida depois de descontada a inflação, taxas e impostos.
Se um investimento rende 8%, mas a inflação é de 10%, você está tendo seu poder de compra reduzido.
É por isso que, sozinho, o CDI não diz tudo.
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Comparação entre investimentos acima do CDI
O CDI é um dos principais benchmarks financeiros da renda fixa e facilita a comparação entre investimentos.
Entenda que 100% do CDI representa o menor retorno possível de um investimento mais seguro.
Com isso em mente, é possível comparar essa taxa com outros investimentos atrelados ao CDI ou não e entender quais oferecem melhores perspectivas de ganhos frente aos riscos.
Outro ponto importante que o investidor tem que considerar na hora de tomar sua decisão é a tributação.
Investimentos como o CDB e a Letra de Câmbio, por exemplo, têm Imposto de Renda, enquanto a LCI e LCA são isentas de IR.
Quer saber onde investir? Faça um diagnóstico financeiro com um consultor de investimentos.
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Principais investimentos atrelados ao CDI
Os principais investimentos atrelados ao CDI são títulos e fundos de renda fixa pós-fixados. Veja os principais a seguir:
1. CDBs
O Certificados de Depósito Bancário (CDB) é um título emitido pelos bancos para financiar suas atividades.
Ao investir em CDB, na prática, o investidor está emprestando dinheiro ao banco para ele utilizá-lo em suas atividades. Em troca, eles remuneram o investidor com juros.
Geralmente, o rendimento dos CDBs segue o percentual do CDI.
2. LCIs e LCAs
Também emitido pelos bancos, as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio) são títulos emitidos com o objetivo de financiar as atividades imobiliárias e agrícolas.
Como são setores considerados estratégicos para o crescimento do país, esses títulos oferecem isenção de Imposto de Renda e geralmente possuem rentabilidade atrelada ao CDI.
3. Fundos de Investimentos
Alguns fundos de investimento também utilizam a taxa do CDI como referência para remunerar seus cotistas.
É o caso dos Fundos DI, que buscam acompanhar a variação do CDI mesclando ativos de renda fixa em sua carteira, majoritariamente títulos públicos que acompanham de perto a taxa Selic.
Já os fundos de crédito privado, investem em títulos de empresas e podem ter sua rentabilidade atrelada a uma taxa prefixada mais um percentual do CDI.
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4. Debêntures
Debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos no mercado financeiro.
Elas são investimentos da renda fixa e algumas delas seguem a taxa do CDI como referência para remunerar seus investidores.
Geralmente são investimentos acima do CDI. Contudo, sua rentabilidade está diretamente ligada ao risco e à solidez financeira da empresa.
Sendo assim, a máxima se mantém:
- Quanto maior o risco, maior o retorno; e;
- Quanto menor o risco, menor o retorno.
Afinal, o investidor está se expondo ao risco de crédito da empresa para a qual está emprestando seu recurso.
5. CRIs e CRAs
CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) e CRAs (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) são títulos emitidos por securitizadoras, que representam créditos imobiliários ou agrícolas.
Muitos CRIs e CRAs costumam oferecer sua rentabilidade atrelada ao CDI.
Assim como acontece com LCI, LCA e debêntures incentivadas, CRIs e CRAs são isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Por outro lado, assim como nas debêntures, há o risco de crédito, por isso, é importante avaliar a possibilidade da empresa que emitiu esses títulos não conseguir honrar seus compromissos financeiros antes de investir.
6. Contas remuneradas
Outro produto financeiro atrelado ao CDI são as contas remuneradas que vários bancos digitais e fintechs oferecem.
Geralmente o saldo da conta está atrelado a um CDB ou RDB com 100% do CDI de rentabilidade ou mais.
No entanto, é preciso estar atento para a segurança dessas instituições.
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Como escolher os melhores investimentos acima do CDI?
Escolher investimentos acima do CDI deve estar entre os mandamentos do investidor que aplica em renda fixa. No entanto, a regra não é tão simples como parece.
Como foi dito, o CDI sozinho não diz tudo. Existem outras variáveis a serem consideradas, como a inflação, o imposto de renda e o tempo da aplicação.
A verdade é que não existe um único investimento perfeito. Há vários tipos de produtos no mercado, cada um com seus prós e contras.
A união de características distintas montadas em uma carteira diversificada é o que te fará obter o melhor resultado.
No entanto, sua carteira de investimentos deve ser construída com base no seu perfil, objetivos e momento de vida.
Ter o seu patrimônio gerido por profissionais é sempre a melhor saída.
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