Quanto Rende R$ 1 Milhão em Fundos Imobiliários FIIs (melhores)

Saiba quanto rende R$ 1 milhão nos melhores fundos imobiliários hoje.
Fonte: freepik.

Imagine ter a oportunidade de fazer seu dinheiro trabalhar para você, gerando uma renda passiva sólida e estável. 

Ao ler este artigo, você descobrirá quanto rende 1 milhão de reais se investir em fundos Imobiliários (FIIs) de maneira simples

E como isso pode transformar seu patrimônio e garantir um fluxo constante de rendimentos isentos de impostos.

Nos últimos anos, o mercado de FIIs no Brasil cresceu exponencialmente. 

Esse crescimento é reflexo da atratividade dos FIIs, que combinam boa rentabilidade com menores riscos comparados a outros investimentos de renda variável.

Para termos uma visão clara, em 2023, os investidores em FIIs movimentaram cerca de R$ 5,7 bilhões em janeiro, com uma média de retorno anual de dividendos que varia entre 6% a 8%, dependendo do fundo específico.

Esses dados demonstram que investir em FIIs não só é uma escolha inteligente, mas também uma estratégia lucrativa.

Agora, você deve estar se perguntando: quanto rende 1 milhão de reais investidos em FIIs? 

Neste artigo, vou explicar detalhadamente como esses investimentos funcionam, quais são os melhores fundos imobiliários para se investir e como você pode maximizar seus ganhos. 

Na próxima seção, vamos entender melhor o que são os fundos imobiliários e por que eles são tão vantajosos. 

O que são Fundos Imobiliários?

Fundos Imobiliários, ou FIIs, são uma forma de você investir em imóveis sem precisar comprar uma propriedade física. 

Funcionam como um condomínio de investidores, onde cada um adquire cotas e, em troca, recebe parte dos rendimentos gerados pelos imóveis do fundo, como aluguéis ou venda de propriedades.

Seguem os tipos de FIIs:

FIIs de Tijolo

Investem diretamente em propriedades físicas como shoppings, prédios comerciais, galpões logísticos e hospitais.

Exemplo: FII XP Log (XPLG11), focado em galpões logísticos.

FIIs de Papel

Investem em títulos ligados ao mercado imobiliário, como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e Letras de Crédito Imobiliário (LCIs).

Exemplo: FII Kinea Rendimentos Imobiliários (KNCR11), conhecido por seus investimentos em CRIs.

FIIs Híbridos

Combinam investimentos em imóveis físicos e em títulos imobiliários.

Exemplo: FII RBR Alpha Multiestratégia (RBRF11), que busca diversificação e otimização de rendimentos.

Fundos de Fundos (FOFs)

Investem em cotas de outros FIIs, permitindo uma diversificação ainda maior e uma gestão profissional robusta.

Exemplo: BC Fund (BRCR11), um dos maiores e mais tradicionais do mercado.

Investir em FIIs tem vantagens claras em relação à compra direta de imóveis. 

Vantagens de investir em Fundos Imobiliários

1. Rendimento passivo 

Quando você investe em FIIs, você recebe uma parte dos aluguéis dos imóveis que compõem o fundo. 

Esses rendimentos são pagos mensalmente, proporcionando uma fonte constante de renda. 

Imagina só, todo mês, você pode receber um rendimento de cerca de 0,6% a 0,85% sobre o valor investido. 

2. Isenção de Imposto de Renda (IR)

O melhor de tudo é que os rendimentos recebidos dos FIIs são isentos de Imposto de Renda. 

Isso quer dizer que todo o valor que você ganha com os aluguéis dos imóveis do fundo vai direto para o seu bolso, sem preocupações com o leão da Receita Federal.

3. Diversificação 

Ao invés de comprar um único imóvel, você investe em vários imóveis ao mesmo tempo. Isso dilui o risco e melhora as chances de retorno. 

E não é só diversificação de imóveis; é também de setores, como shoppings, galpões logísticos, edifícios corporativos, entre outros. 

4. Gestão Profissional

Os FIIs são geridos por profissionais que entendem do riscado. 

Eles sabem onde estão as melhores oportunidades e como maximizar o valor dos investimentos. 

Um exemplo de fundo bem gerido é o XP Log (XPLG11), que investe em galpões logísticos de alta qualidade e tem mostrado uma rentabilidade consistente.

5. Liquidez

Diferente de imóveis físicos, que podem levar meses ou até anos para serem vendidos, as cotas dos FIIs são negociadas na bolsa de valores. 

Isso quer dizer que você pode comprar e vender suas cotas com a mesma facilidade que negociaria ações. 

Essa facilidade de negociação é crucial, especialmente em momentos de necessidade de liquidez rápida.

Como funciona a rentabilidade dos FIIs?

A rentabilidade desses fundos é um assunto que desperta muita curiosidade, e eu vou te explicar tudo de maneira clara e prática.

Dividend Yield (DY)

Primeiro, precisamos entender o que é o famoso dividend yield (DY).

O DY é um indicador crucial que mede a relação entre o valor dos dividendos pagos por um fundo e o preço da cota. 

Basicamente, ele mostra quanto do seu investimento retorna para você em forma de rendimentos. 

Se um fundo imobiliário tem um DY de 0,75% ao mês, isso significa que para cada R$ 1000 investidos, você recebe R$ 7,50 em dividendos todo mês.

Ainda, se você escuta que um FII paga 12% de DY anual, isso significa que ele paga 1% de dividendos mensais.

Componentes da rentabilidade

Agora, precisamos entender os componentes da rentabilidade dos FIIs. 

Eles ganham dinheiro de duas formas principais: valorização das cotas e distribuição de rendimentos.

Valorização das cotas

A valorização das cotas acontece quando o valor de mercado dos imóveis ou títulos que compõem o fundo aumenta. 

Por exemplo, se você comprou cotas de um FII a R$ 100 e elas subiram para R$ 110, você ganhou 10% só com a valorização.

Distribuição de rendimentos

A outra forma, que é a distribuição de rendimentos, é quando o fundo pega a renda que ele gerou (aluguel dos imóveis, juros dos papéis, etc.) e distribui para os cotistas. 

No Brasil, a legislação exige que os FIIs distribuam pelo menos 95% do lucro aos cotistas. 

É um dinheiro que cai na sua conta regularmente, geralmente todo mês. 

Quanto rende 1 milhão de reais em Fundos Imobiliários?

Os bons fundos imobiliários costumam distribuir dividendos na faixa de 6% a 12% ao ano. 

Isso pode variar de fundo para fundo e de período para período. 

Ao calcular o rendimento de 1 milhão de reais em fundos imobiliários, devemos considerar tanto os dividendos quanto a valorização das cotas. 

A valorização das cotas é imprevisível, pois estamos lidando com renda variável. 

No entanto, a distribuição de dividendos é mais previsível, pois os fundos imobiliários são obrigados a distribuir 95% dos lucros aos cotistas. 

Assim, podemos simular quanto é possível receber de dividendos mensais de acordo com o Dividend Yield (DY).

Tabela de rendimento

Vamos considerar diferentes faixas de DY para entender melhor quanto um investimento de 1 milhão de reais pode render a você. 

A tabela abaixo mostra o rendimento mensal e anual para DYs de 6% a 12% ao ano.

Dividend Yield (DY) AnualRendimento MensalRendimento Anual
6%R$ 5.000R$ 60.000
7%R$ 5.833R$ 70.000
8%R$ 6.667R$ 80.000
9%R$ 7.500R$ 90.000
10%R$ 8.333R$ 100.000
11%R$ 9.167R$ 110.000
12%R$ 10.000R$ 120.000

Então, veja o quanto um investidor receberia no acumulado, somente de dividendos, ao longo do tempo ao investir R$ 1 milhão em um FII que tem um DY médio de 9% ao ano.

  • Em 6 meses: R$ 45 mil;
  • Em 1 ano: R$ 90 mil;
  • Em 2 anos: R$ 180 mil;
  • Em 5 anos: R$ 450 mil; 
  • Em 10 anos: R$ 900 mil.

Cálculo da rentabilidade média esperada

Como mostrado na tabela, se você investir 1 milhão de reais em FIIs, seu rendimento anual pode variar entre R$ 60.000 e R$ 120.000, dependendo do DY. 

Em termos mensais, isso significa receber entre R$ 5.000 e R$ 10.000. 

E lembre-se que ainda devemos considerar a valorização das cotas. Então, além dos 6% a 12% ano, dependendo de como foi o desempenho, você pode ganhar ainda mais.

Por exemplo, se em um determinado ano, a sua carteira de FIIs pagou um DY médio de 10% e teve uma valorização das cotas da ordem de 7%, o seu retorno total foi de 17% naquele ano.

Esses valores são bastante atraentes, especialmente considerando que os dividendos são isentos de Imposto de Renda.

Os FIIs, portanto, se destacam pela regularidade dos dividendos e pela isenção de impostos, proporcionando uma combinação de alta rentabilidade e baixo risco relativo, especialmente quando comparados a outras opções de investimento.

Estudo de caso: Dividend Yield Médio do IFIX

O IFIX, ou Índice de Fundos de Investimento Imobiliário da B3, é um indicador importante para quem investe em FIIs. 

Ele reflete a performance média dos fundos imobiliários listados na bolsa, sendo uma referência essencial para investidores.

Conforme estudo da Economatica, o DY médio ponderado do IFIX nos últimos 12 meses, até fevereiro de 2023, foi de 11,26%. 

Esse rendimento mensal equivale a aproximadamente 1,02% ao mês. 

Nos últimos 10 anos, a média histórica do DY do IFIX foi de 7,81% ao ano, superior à média do CDI, destacando-se como uma opção lucrativa e estável para quem busca renda passiva através de FIIs.

Esses dados reforçam a importância de considerar o DY ao investir em FIIs. 

Se você optar por investir 1 milhão de reais, com base no DY médio histórico de 7,81%, você poderia esperar um rendimento anual de R$ 78.100, ou cerca de R$ 6.508 mensais.

Para você ter uma ideia dos DYs atuais, aqui um Ranking dos TOP 10 FIIs no ano até 30 de março.

E aqui um ranking dos fundos imobiliários, considerando a valorização das cotas e os proventos do início do ano até junho de 2024. 

O ranking é organizado do maior para o menor desempenho, mostrando o percentual combinado de valorização e distribuição de dividendos.

Fonte: Clube FII

Custos e Taxas

Agora vamos falar sobre os custos e taxas que você precisa conhecer antes de investir em Fundos Imobiliários (FIIs). 

Sabendo desses detalhes, você estará mais preparado para entender como esses investimentos funcionam e como eles podem impactar seus rendimentos.

Taxa de Administração

A taxa de administração é cobrada pela gestão do fundo e pode variar bastante. No Brasil, ela costuma ficar entre 0,3% e 1,5% ao ano sobre o valor investido. 

Por exemplo, o FII Kinea Renda Imobiliária (KNRI11) tem uma taxa de administração de 1,0% ao ano. 

Taxa de Performance

A taxa de performance é cobrada quando o fundo supera um determinado benchmark, geralmente o IFIX no Brasil. 

Por exemplo, se um fundo como o XP Malls (XPML11) supera o IFIX em 2%, uma parte desse “excesso” de rendimento vai para o gestor. 

Taxa de Corretagem

A taxa de corretagem também pode afetar seus ganhos. 

Embora muitas corretoras no Brasil tenham zerado essa taxa para a compra e venda de cotas de FIIs, ainda há algumas que cobram, principalmente para investidores com menor volume de negociação. 

Desafios e Riscos

Investir em fundos imobiliários é uma estratégia atraente, mas não está isenta de riscos. 

Você precisa estar atento a eles para tomar decisões mais seguras e rentáveis.

Vacância

Um dos principais riscos é a vacância. Imagine que um FII investe em edifícios comerciais e, de repente, uma crise econômica reduz a demanda por escritórios. 

Se muitas unidades ficam desocupadas, o fundo perde receita. 

Inadimplência

Outro ponto crítico é a inadimplência. 

Vamos supor que o fundo possua imóveis alugados para várias empresas, mas algumas delas começam a atrasar ou deixar de pagar o aluguel. 

Isso já ocorreu com FIIs de shoppings durante a pandemia de COVID-19, quando muitas lojas fecharam ou renegociaram seus contratos. 

No Brasil, fundos como o XP Malls (XPML11) enfrentaram essa situação, impactando os dividendos distribuídos.

Variação nas taxas de juros

A variação nas taxas de juros também é um fator importante. 

Quando a taxa Selic sobe, investimentos em renda fixa se tornam mais atrativos, e isso pode desvalorizar as cotas dos FIIs. 

Para mitigar esses riscos, a diversificação é fundamental. 

Não coloque todos os seus recursos em um único tipo de FII. Invista em fundos com diferentes tipos de imóveis – comerciais, residenciais, logísticos – e em diversas regiões geográficas. 

Além disso, é essencial analisar o histórico de gestão dos fundos e a saúde financeira dos inquilinos.

Conclusão

Concluindo, investir R$ 1 milhão em Fundos Imobiliários (FIIs) oferece uma oportunidade excepcional para gerar renda passiva com uma série de vantagens atraentes. 

Como vimos ao longo deste artigo, os FIIs se destacam pela combinação de rentabilidade sólida, isenção de imposto de renda sobre os dividendos, e uma gestão profissional que facilita a vida do investidor. 

Além disso, a diversificação inerente a esses fundos dilui os riscos e aumenta a estabilidade dos rendimentos.

Os dados recentes demonstram a robustez desse mercado, com um crescimento notável no número de investidores e uma movimentação significativa de capital. 

Com dividend yields variando entre 6% e 12% ao ano, os FIIs podem proporcionar um rendimento mensal que pode variar entre R$ 5.000 e R$ 10.000 para um investimento de R$ 1 milhão. Isso, aliado à possibilidade de valorização das cotas, oferece uma perspectiva de ganhos considerável a médio e longo prazo.

É fundamental, no entanto, estar atento aos custos e taxas envolvidas, como taxas de administração, performance e corretagem. 

Além dos riscos associados, como vacância, inadimplência e variações nas taxas de juros. 

A diversificação entre diferentes tipos de FIIs e setores é uma estratégia eficaz para mitigar esses riscos.

Com essas precauções, você pode transformar seu patrimônio em uma fonte de renda estável e crescente, aproveitando todas as vantagens que os Fundos Imobiliários têm a oferecer. 

Em suma, investir em FIIs não só é uma escolha inteligente, mas também uma estratégia de investimento rentável e segura, especialmente para quem busca alavancar seus rendimentos e garantir um futuro financeiro mais sólido e tranquilo.

Se você se interessou em investir em fundos imobiliários, convido você a conversar com um dos nossos consultores de investimentos da GuiaInvest Wealth.

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Um abraço,

André Fogaça

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