Quando pensamos em investir no exterior, geralmente nos vem à mente as conhecidas ações americanas de grandes empresas globais, especialmente as do setor de tecnologia.
É comum associarmos os Estados Unidos como o destino principal para investimentos, dada a reputação de Wall Street.
No entanto, não abordaremos o mercado de ações americano hoje.
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Você pode estar pensando na China como alternativa.
Com uma economia sólida, um mercado em ascensão e grandes investimentos tecnológicos, a China atrai muitos investidores.
Mas também não iremos falar sobre a China.
Vamos direcionar nossa atenção para outro país asiático em crescimento, que recentemente se tornou o mais populoso do mundo.
Sim, vamos explorar a Índia e os motivos que nos levaram a considerar essa perspectiva por meio do book Trade Opportunity.
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É verdade que nos últimos meses a China enfrentou desafios econômicos significativos.
A desaceleração econômica chinesa foi impulsionada pela crise no setor imobiliário e pela queda nas exportações, o que levou a uma saída de capital estrangeiro do país.
Consequentemente, os investidores têm direcionado seus recursos para a Índia, como alternativa.
Estimativas sugerem que, ainda este ano, o crescimento do PIB indiano deve superar o da China, com projeções de 6,5 por cento e 4,6 por cento, respectivamente.
O crescimento demográfico, o aumento da renda média da população e os investimentos em infraestrutura têm impulsionado a Índia a se tornar uma economia orientada para o consumo e o investimento, criando um ambiente de negócios atrativo para investidores.
Como o país se tornou o mais populoso do mundo, a Índia evita um desafio enfrentado por muitos países desenvolvidos: a escassez de mão de obra.
Nos próximos anos, é esperado que cerca de 40 milhões de pessoas entrem na força de trabalho, impulsionando a produtividade em meio aos investimentos e reformas.
Além da demografia favorável, o crescimento econômico da Índia é notável.
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Atualmente, é a quinta maior economia do mundo, e as projeções indicam que pode chegar ao segundo lugar da lista nas próximas cinco décadas.
O aumento da renda média da população indiana também contribui para tornar o país um ambiente altamente atraente para as empresas.
Grande oferta de mão de obra, classe média em ascensão e investimentos para melhorar o ambiente de negócios, transformam a Índia em um local atrativo para grandes investidores.
Diante disso, várias empresas de tecnologia, incluindo a Tesla, expressaram interesse em investir na Índia.
Esse movimento tende a aumentar, dadas as condições favoráveis mencionadas anteriormente para os negócios.
Além disso, as próprias empresas indianas demonstram uma força significativa, com resultados impressionantes em termos de produtividade e consumo no país.
O mercado de ações indiano está respondendo a esses investimentos, atingindo níveis históricos e chegando a ultrapassar brevemente a bolsa de Hong Kong, tornando-se o quarto maior mercado de ações do mundo.
Apesar de estar em alta, acreditamos que ainda há espaço para crescimento na bolsa indiana.
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Com o aumento do interesse global nessa tese de investimento, acompanhado pela entrada de mais capital para investimentos no país, observamos um aumento de quase 30% nos últimos 12 meses, através do ETF INDA (o veículo de investimento que utilizamos para nos expor ao mercado indiano no exterior).
Compreendemos também que a demografia favorável, com milhões ingressando na força de trabalho nos próximos anos, provavelmente impulsionará o consumo e beneficiará as empresas indianas.
É importante destacar ainda o aumento do poder de compra da população, que fortalece os resultados das empresas e fundamenta o cenário de crescimento econômico.
Assim, percebemos que a Índia representa uma tese estrutural de longo prazo que provavelmente continuará agregando valor ao nosso portfólio.
Além disso, a crise na China e a subsequente transferência de capital para empresas indianas devem continuar impulsionando os ativos no curto prazo.
É crucial destacar que o book Trade Opportunity não se adequa a todos os perfis de investidores, sendo especialmente recomendado para aqueles com uma disposição mais agressiva ao risco.
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Forte abraço,
Eduardo Voglino
