Se você deseja um dia viver da renda dos dividendos das ações, precisa primeiro descobrir qual o dividend yield (DY) médio para isso?
A Bolsa de Valores está repleta de oportunidades e distribuições polpudas de proventos para quem quer investir para gerar renda passiva no longo prazo.
No ano de 2022, as empresas listadas na Bolsa de Valores Brasileira – B3, anunciaram um total de R$ 301,2 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas entre janeiro e setembro, segundo levantamento da plataforma TradeMap.
O valor representou mais de 96% do total distribuído em 2021.
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Investir para viver de renda com dividendos tende a ser uma boa alternativa. Esta é inclusive a estratégia utilizada pelo maior investidor pessoa física da Bolsa de Valores brasileira, Luiz Barsi Filho.
Barsi conseguiu ter capital suficiente para viver de dividendos, chegando a revelar que revelou que ganhou, na média, R$ 1 milhão ao dia em dividendos, em 2021.
Mas e o investidor comum, qual o DY médio possível para viver de renda com dividendos de ações?
Segundo dados da Economatica, o yield médio do IDIV (índice de dividendos B3) foi de 7,8% nos últimos 10 anos, com alguns períodos se destacando com retornos melhores.
Neste artigo, você vai descobrir os pontos para fazer um Plano de Investimentos com foco em dividendos:
- quais são as melhores pagadoras de dividendos da Bolsa de Valores;
- DY médio dos índices;
- como montar sua carteira focada no recebimento de proventos.
Como descobrir boas ações pagadoras de dividendos?
O dividend yield é o principal indicador utilizado para medir a distribuição de proventos (dividendos e juros sobre capital próprio). Ela nos diz qual é a proporção dos dividendos pagos nos últimos 12 meses em relação à cotação atual das ações.
O cálculo do dividend yield é:
DY = (total em proventos pagos ÷ preço atual da ação) x 100
Como exemplo, vamos supor que a cotação atual do papel TRPL4 é de R$ 19,74.
Para saber o DY, basta dividir o valor obtido com a soma dos dividendos pagos por ação, nos últimos 12 meses, no caso do exemplo, é de R$ 1,510526, pelo preço atual da ação.
O resultado deverá ser multiplicado por 100. Assim, o Dividend Yield da ação será de 7,65% ao ano.
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É importante destacar que o DY pode sofrer alteração dependendo dos preços das ações, o calendário de pagamento dos proventos, os valores pagos, o lucro da empresa em determinado período, as influências diretas do mercado, entre outros.
Além disso, não avalie a empresa apenas pelo seu dividend yield. Essa métrica não deve ser usada de maneira isolada para tomar decisões de investimento.
É preciso observar outros indicadores fundamentalistas relevantes, assim como a sua tolerância ao risco e objetivos com o investimento.
Histórico do Índice Dividendos (IDIV B3)
Além de calcular o DY de cada empresa, um bom caminho para determinar o quanto as empresas podem retornar ao investidor é consultar o índice dividendos (IDIV) da B3.
O IDIV é uma carteira teórica de ativos que reúne as empresas que mais pagam dividendos em uma série histórica da bolsa brasileira.
O Dividend Yield (DY) médio ponderado nos últimos 10 anos é de 7,28%. Isso significa que este é o retorno médio possível para viver de renda com dividendos de ações.
Porém, esta porcentagem é variável. Dependendo do momento do mercado, ele pode ser mais ou menos favorável.
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Em fevereiro de 2023, o Dividend Yield (DY) médio ponderado nos últimos 12 meses do Índice de Dividendos (IDIV) foi 12,98%, acima da média de 7,28% nos últimos 10 anos. O equivalente a 1,02% ao mês.
IBOV x IDIV x IFIX
As ações não são os únicos ativos comuns para uma estratégia de dividendos, existem também os fundos imobiliários (FIIs).
Quando comparado o dividend yield (DY) médio ponderado dos Índices Bovespa (IBOV), de Dividendos (IDIV) e de Fundos Imobiliários (IFIX), a Economatica obteve o seguinte gráfico:
DY do IBOV, IDIV e IFIX nos últimos 10 anos. Fonte: Economatica
Comparando as médias de DY desses índices nos últimos 10 anos, percebe-se que o IFIX é aquele que tem maior média anual (7,81%), seguido por IDIV (7,28%) e IBOV (4,54%).
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Maiores DY do Ibovespa
O mesmo estudo destaca o as ações com os maiores DY no acumulado em 12 meses, tendo como base o mês de fevereiro dos últimos 3 anos.
DY 12m (%) | |||||
Ativo | Ticker | fev/21 | fev/22 | fev/23 | Mediana |
PETROBRAS PN | PETR4 | 0,00 | 25,42 | 49,23 | 25,42 |
PETROBRAS ON | PETR3 | 0,88 | 25,52 | 46,02 | 25,52 |
TAESA | TAEE11 | 10,71 | 14,74 | 15,70 | 14,74 |
GERDAU | GGBR4 | 1,89 | 11,87 | 14,26 | 11,87 |
Banco do Brasil | BBAS3 | 3,14 | 6,52 | 14,17 | 6,52 |
Cemig | CMIG4 | 4,51 | 10,38 | 13,82 | 10,38 |
Copel | CPLE6 | 4,32 | 22,36 | 12,78 | 12,78 |
BB Seguridade | BBSE3 | 4,24 | 5,69 | 12,61 | 5,69 |
Como você pode observar, algumas das melhores empresas pagadoras de dividendos costumam ter DY entre 5% e 15%, algumas vezes até mais do que isso, como é o caso da Petrobras, que continua como destaque.
Como montar uma carteira para receber proventos todos os meses
Ter uma seleção de bons ativos que proporcionem ao investidor o recebimento de rendimentos periódicos é a estratégia para gerar renda.
No entanto, preste atenção na macro alocação e analise além do DY para fazer suas escolhas e ganhar com mais segurança.
Com o profissional certo do seu lado, sua carteira pode render mais e bater o CDI e o Ibovespa.
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