Imagine transformar um montante substancial de R$ 1 milhão em um rendimento seguro, simples e sem complicações.
Isso soa atraente, não é?
A poupança tem sido a escolha tradicional para muitos brasileiros, oferecendo segurança e liquidez.
Contudo, com a economia atual, marcada pela taxa Selic de 10,50% ao ano e uma inflação persistente, é essencial entender exatamente o que esperar desse investimento.
Neste artigo, vamos analisar detalhadamente quanto esse valor pode render na poupança hoje e, mais importante, explorar alternativas que podem potencializar seus ganhos.
Se você está interessado em descobrir como maximizar seu dinheiro e garantir um futuro financeiro mais robusto, continue lendo.
Como funciona a poupança?
Quando você deposita dinheiro na poupança, o rendimento é calculado de forma simples, mas com algumas nuances importantes.
A regra é a seguinte: se a taxa Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano, a poupança rende 70% da Selic mais a Taxa Referencial (TR).
No entanto, quando a Selic está acima de 8,5% – como é o caso atual com a Selic em 10,50% ao ano – o rendimento é fixo em 0,5% ao mês mais a TR.
A TR, ou Taxa Referencial, é um adicional calculado pelo Banco Central e, nos últimos anos, tem sido próxima de zero.
Portanto, não influencia significativamente o rendimento final da poupança.
Com esses números em mente, fica claro como a poupança pode não ser a melhor opção para quem deseja realmente fazer o dinheiro crescer.
Agora, vamos comparar esse rendimento com outras opções de investimento, onde você pode realmente maximizar seu retorno.
Rendimento atual de R$ 1 Milhão na poupança
Com a Selic em 10,50% ao ano (atualizado para junho de 2024), a poupança está rendendo 0,5% ao mês, mais a Taxa Referencial (TR), que é geralmente muito baixa ou até mesmo zero.
Então, vamos focar no 0,5% ao mês para simplificar.
Imaginando que você tem R$ 1 milhão na poupança, o rendimento mensal é calculado assim: 0,5% de R$ 1 milhão. Fácil, certo?
Então, todo mês você ganha R$ 5.000. Parece bom, mas é aí que as coisas ficam interessantes.
Não esqueça que esses R$ 5.000 não sofrem dedução de Imposto de Renda, o que é uma vantagem da poupança.
Agora, se olharmos para o rendimento anual, multiplicamos esses R$ 5.000 por 12 meses, o que dá R$ 60 mil por ano.
E se pensarmos em termos de rendimento real, é importante considerar a inflação.
Digamos que a inflação esteja por volta de 4% ao ano, o que é um cenário otimista.
O seu rendimento real, descontando a inflação, seria algo em torno de 2,5% ao ano.
A poupança pode parecer segura, mas seu rendimento é baixo quando comparado com outras opções de investimento.
Agora, vamos comparar a poupança com outras opções de investimento de forma detalhada.
Será que é possível encontrar alternativas que combinem segurança e um rendimento melhor?
Comparação com outros investimentos
1. CDBs
Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são uma opção interessante se você está buscando um rendimento melhor que a poupança.
Eles são emitidos por bancos e funcionam como um empréstimo que você faz para a instituição financeira.
Em troca, você recebe juros sobre o valor investido.
Por exemplo, com a Selic em 10,50% ao ano, muitos CDBs oferecem rendimentos de 100% a 120% do CDI.
Vamos aos números: um CDB que paga 100% do CDI, com o CDI em 10,50% ao ano, renderia cerca de 10,50% ao ano, antes dos impostos.
Comparado à poupança, que rende 0,5% ao mês mais a TR, um CDB pode oferecer um retorno significativamente maior.
2. Tesouro Direto: Títulos públicos do governo
Agora, se você gosta da ideia de emprestar dinheiro ao governo, o Tesouro Direto é uma excelente opção.
Existem diferentes tipos de títulos, cada um com suas particularidades e rendimentos.
Tesouro Selic: Ideal para quem quer liquidez diária, acompanha a taxa Selic. Com a Selic a 10,50% ao ano, esse título rende próximo disso, com a vantagem da segurança.
Tesouro IPCA+: Protege seu dinheiro da inflação, oferecendo um rendimento fixo mais a variação do IPCA. Por exemplo, se o IPCA for 4% e o título oferece IPCA + 5%, seu rendimento seria de 9% ao ano.
Tesouro Prefixado: Oferece uma taxa fixa, definida no momento da compra. Com a Selic em 10,50%, os títulos prefixados podem oferecer rendimentos entre 10% e 12% ao ano, dependendo do prazo.
Cada título tem um perfil de risco e prazo, então é importante escolher conforme seu objetivo e horizonte de investimento, para isso você precisa descobrir seu perfil de investidor.
3. Fundos de investimento: desempenho e perfil de risco
Os fundos de investimento são outra opção para diversificação.
Eles reúnem recursos de vários investidores para aplicar em uma cesta de ativos, que pode incluir ações, títulos públicos, CDBs, entre outros.
Fundos de Renda Fixa: Investem principalmente em títulos de renda fixa, como CDBs e Tesouro Direto. Com a Selic em alta, esses fundos tendem a apresentar bons rendimentos, próximos a 10% ao ano.
Fundos Multimercado: Podem investir em uma variedade de ativos, incluindo ações e câmbio. O desempenho desses fundos pode variar bastante, mas bons gestores conseguem rendimentos de 12% a 15% ao ano.
Fundos de Ações: Investem diretamente no mercado de ações. O potencial de retorno é alto, mas também o risco. Historicamente, bons fundos de ações no Brasil têm rendido entre 15% e 20% ao ano, dependendo das condições de mercado.
Considerações sobre liquidez e impostos
Cada investimento tem suas vantagens e desvantagens em termos de liquidez e impostos.
A poupança é isenta de IR e tem liquidez imediata.
CDBs e Tesouro Direto têm incidência de IR, seguindo a tabela regressiva (alíquotas de 22,5% a 15%, dependendo do prazo de investimento).
Os fundos de investimento também seguem a tabela regressiva de IR, mas podem ter taxas de administração que reduzem o rendimento líquido.
E aí, qual a melhor escolha? Depende do seu perfil e objetivos.
No próximo tópico, vamos discutir as vantagens e desvantagens da poupança e por que, apesar de tudo, ela ainda pode ser uma boa opção para alguns investidores.
Vantagens e desvantagens da poupança
Vantagens da Poupança
Vamos começar com as vantagens da poupança.
Primeiro, a simplicidade. Não há necessidade de ser um expert em finanças para entender como a poupança funciona.
Você deposita o dinheiro e ele rende automaticamente, sem complicações. Além disso, a poupança é isenta de Imposto de Renda.
Diferente de outros investimentos, onde você precisa se preocupar com a mordida do leão, aqui, todo o rendimento é seu.
Outro ponto positivo é a segurança.
A poupança é garantida pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$ 250 mil por instituição financeira, o que traz uma camada extra de proteção ao seu dinheiro.
Desvantagens da Poupança
Agora, as desvantagens.
O rendimento da poupança é baixo. Com a Selic a 10,50% ao ano, a poupança rende apenas 0,5% ao mês mais a TR.
Comparado a outras opções de investimento, isso é bem modesto. Além disso, a inflação pode corroer o poder de compra do seu dinheiro.
Se a inflação estiver alta, como aconteceu em 2023 com uma média de 9%, o rendimento real da poupança pode ser negativo.
Em termos práticos, você pode até ver seu saldo aumentar, mas seu poder de compra diminui.
Quando a Poupança ainda pode ser uma boa opção?
Mesmo com essas desvantagens, a poupança pode ser uma boa opção em algumas situações.
Se você precisa de uma reserva de emergência, a liquidez imediata da poupança é uma grande vantagem.
Além disso, para quem prefere evitar riscos e não quer lidar com a complexidade de outros investimentos, a segurança da poupança é um ponto forte.
Ela também pode ser útil para aqueles que precisam de um local temporário para o dinheiro enquanto decidem onde investir a longo prazo.
Vale a pena investir na poupança?
Depois de passar por todos esses cálculos e comparações, acho que ficou claro que deixar R$ 1 milhão na poupança não é a melhor estratégia, certo?
Com a taxa Selic atual de 10,50% ao ano, a poupança está rendendo apenas 0,5% ao mês mais a TR, o que dá por volta de R$ 5.000 mensais.
Isso sem considerar a inflação, que pode corroer o poder de compra desse rendimento.
Então, o que eu recomendo para você?
Diversifique seus investimentos. Pense em CDBs, que oferecem rendimentos melhores e têm a mesma segurança do FGC.
Dê uma olhada no Tesouro Direto, especialmente no Tesouro Selic para maior liquidez.
Considere também fundos de investimentos que, apesar de um pouco mais arriscados, podem trazer retornos bem mais interessantes.
Caso você precise de ajuda para investir em opções mais interessantes que a poupança, monte um plano de investimentos gratuito com um dos nossos consultores de investimentos da GuiaInvest Wealth.
Eles irão te orientar nas melhores alternativas que atendam a seu perfil de investidor para você atingir seu objetivo de proteção e multiplicação de patrimônio.
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Um abraço,
André Fogaça.