Como Investir em Fundos Internacionais de Maneira Simples

Saber como investir em fundos internacionais vai trazer benefícios, reduzir riscos e proteger seu patrimônio com uma diversificação global.
Imagem: freepik.

Saber como investir no exterior vai trazer benefícios, reduzir riscos e proteger seu patrimônio com uma diversificação global.

Imagine saber que seu dinheiro está trabalhando por você em mercados globais. 

O que eu vou compartilhar com você neste artigo vai transformar a maneira como você pensa sobre investimentos. 

Vamos ver os fundos internacionais e descobrir como essa alternativa pode não só diversificar sua carteira, mas também proteger seu patrimônio contra as incertezas do mercado brasileiro.

Investir em fundos no exterior não é apenas uma questão de diversificação; é uma estratégia inteligente para acessar oportunidades que o mercado local não oferece. 

Pense nas empresas americanas como Apple, Amazon, Tesla e Google, cujas ações têm revolucionado o mercado e gerado retornos impressionantes. 

Sem falar em todas as outras empresas que somam cerca de 6 mil ativos disponíveis somente nas bolsas dos EUA.

Ao incluir esses ativos na sua carteira, através de fundos internacionais, você não só amplia suas possibilidades de ganho, mas também dilui riscos específicos do Brasil, como a volatilidade política e econômica.

Nos últimos anos, vimos uma evolução significativa no mercado financeiro brasileiro. 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) tem facilitado o acesso a fundos internacionais, permitindo que investidores individuais como você se beneficiem de uma gama mais ampla de oportunidades de investimento. 

Agora, mesmo sem abrir conta no exterior, é possível investir em ativos globais diretamente pela sua corretora no Brasil.

Neste artigo, vou te guiar pelo universo dos fundos de investimento internacionais. 

Para começar, o que é um fundo de investimento internacional?

Um fundo de investimento internacional, também conhecido como fundo offshore, é um tipo de fundo que aplica parte ou o total de seu patrimônio em ativos do exterior. 

Isso significa que o fundo investe em ações de empresas estrangeiras, títulos internacionais, moedas estrangeiras e outros ativos localizados em outros países, como Estados Unidos, Europa, Ásia e países emergentes.

E quais são os tipos de fundos de investimentos internacionais disponíveis?

Tipos de fundos de investimento no exterior

Fundos de renda fixa

Fundos de renda fixa no exterior são uma opção mais conservadora. 

Eles investem em títulos de dívida, como dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos ou de outros países desenvolvidos. 

Imagine que você está emprestando dinheiro para o governo dos EUA ou para grandes empresas em troca de uma taxa de juros. 

O rendimento pode ser mais estável, mas não espere os retornos explosivos que vêm com mais riscos. 

Esses fundos são ótimos para quem quer proteger o patrimônio e ainda ter um pé no mercado internacional.

Fundos de renda variável

Agora, se você gosta de emoção e busca maiores retornos, os fundos de renda variável podem ser a sua praia. 

Esses fundos investem em ações de empresas globais, como por exemplo: Apple, Google, Tesla, Disney, Walmart, Toyota e Amazon. 

Pense nesses fundos como um passeio de montanha-russa: podem proporcionar altos e baixos emocionantes. 

Mas lembre-se, junto com o potencial de lucro, vem o risco de perdas. 

Estes fundos são indicados para quem tem um apetite maior por risco e busca diversificar com ativos de alta performance.

Fundos cambiais

Se você quer investir em dólar ou em euro, para se proteger contra a variação dessas moedas, os fundos cambiais são uma opção interessante. 

Eles investem em ativos atrelados a moedas estrangeiras.

Imagine que você tem um cofre cheio de dólares ou euros, que pode valorizar ou desvalorizar conforme a moeda sobe ou desce. 

Esses fundos são ideais para quem deseja mitigar os riscos da variação cambial e, ao mesmo tempo, aproveitar possíveis ganhos com a flutuação das moedas.

Fundos multimercados

Para quem busca diversificação em um só lugar, os fundos multimercados são como uma salada mista de investimentos. 

Eles combinam renda fixa, renda variável e até câmbio, ajustando a carteira conforme as oportunidades e os riscos do mercado. 

É como ter um time de especialistas trabalhando para você, tentando encontrar o melhor mix para otimizar seus ganhos. 

Esses fundos oferecem flexibilidade e podem ser uma boa escolha para quem quer uma gestão mais ativa e diversificada do seu capital.

Fundos de dívida externa

Por último, mas não menos importante, temos os fundos de dívida externa. 

Esses fundos investem em títulos de dívida emitidos por governos ou empresas estrangeiras. 

Imagine que você está emprestando dinheiro para uma grande corporação americana ou para um governo europeu. 

Os rendimentos podem ser atraentes, especialmente em países com economias mais robustas. 

Esses fundos são uma boa pedida para quem busca diversificação geográfica e quer investir em mercados com boas perspectivas de crescimento.

Agora vamos entender como escolher um fundo de investimento internacional.

Como escolher o fundo internacional ideal

Conheça o seu perfil de risco

Antes de escolher qualquer tipo de investimento, a primeira coisa que você precisa fazer é descobrir seu perfil de investidor, para entender qual a sua tolerância a riscos.

É como conhecer seus limites numa trilha: alguns preferem caminhos mais seguros, outros buscam aventuras desafiadoras. 

Como já mencionei antes, se você é mais conservador, fundos de renda fixa no exterior podem ser sua praia, oferecendo segurança com retornos modestos. 

Já se o seu apetite por risco é maior, um fundo de ações internacionais pode ser mais atraente, proporcionando potencial de retorno maior, mas também com mais volatilidade.

É por isso que os investidores precisam entender a relação entre risco e retorno nos investimentos

Analise a estratégia e os ativos do fundo

Agora, imagine que você está escolhendo ingredientes para uma receita gourmet. 

Cada fundo tem sua própria mistura de ativos e estratégias. 

Alguns fundos focam em mercados desenvolvidos como os EUA e Europa, enquanto outros podem apostar em mercados emergentes, como Brasil ou Índia. 

Entender onde e como o fundo investe é essencial. 

Considere o histórico de rentabilidade e gestão

Escolher um fundo também é como contratar um motorista para uma longa viagem. 

Você quer alguém com um bom histórico de direção, certo? 

Verifique o histórico de rentabilidade do fundo e a experiência dos gestores. 

Fundos administrados por gestores experientes, com um histórico consistente de bons resultados, aumentam suas chances de sucesso. 

Por exemplo, fundos geridos por equipes renomadas como a da Vanguard ou da BlackRock nos EUA têm uma reputação sólida no mercado.

Verifique as taxas de administração e performance

Por último, mas não menos importante, fique de olho nas taxas. 

Assim como em qualquer compra, você quer saber exatamente o que está pagando. 

Fundos de investimento geralmente cobram taxas de administração e, às vezes, de performance. 

Essas taxas podem comer uma boa parte dos seus lucros se não forem bem analisadas. 

Por exemplo, um fundo com taxa de administração de 2% pode parecer pouco, mas no longo prazo, isso faz uma grande diferença. 

Sempre compare essas taxas entre fundos semelhantes para garantir que você está fazendo um bom negócio.

Uma dica prática é ver lado a lado os fundos disponíveis na plataforma de sua corretora.

Ao final desse processo, você estará pronto para escolher o fundo internacional que melhor se alinha com seus objetivos e perfil de risco. 

E lembre-se, essa é apenas a primeira parte da jornada. 

No próximo tópico, vamos conhecer os benefícios que esses investimentos internacionais podem trazer para sua carteira, te ajudando a entender porque vale tanto a pena diversificar além das fronteiras brasileiras. 

Benefícios de Investir em Fundos Internacionais

Exposição a economias mais estáveis

Imagine seu dinheiro alocado em mercados sólidos, como os Estados Unidos e a Europa, por exemplo. 

Essas economias são conhecidas pela estabilidade e pela capacidade de recuperação mesmo em tempos turbulentos. 

Quando você investe em fundos que têm uma fatia considerável em ativos desses lugares, você está praticamente comprando um seguro contra as oscilações imprevisíveis da economia brasileira. 

Por exemplo, durante crises internas, a performance de ativos em mercados desenvolvidos pode atuar como um contrapeso, mantendo seu portfólio mais equilibrado.

Oportunidades de melhores retornos

Agora, pense nas oportunidades que você perde ao investir apenas no Brasil. 

Os fundos internacionais abrem portas para ativos que podem gerar retornos expressivos. 

Nos Estados Unidos, temos empresas reconhecidas mundialmente como Apple, Microsoft e Amazon, cujas ações têm mostrado um crescimento constante. 

A diversificação internacional não só aumenta as chances de obter melhores retornos, mas também permite que você se beneficie do crescimento de setores que estão mais avançados ou são inexistentes por aqui. 

É como apostar em vários cavalos vencedores ao invés de colocar todas as fichas em um só.

Diversificação geográfica e setorial

Na minha opinião, esse é o maior benefício de todos.

Com fundos internacionais, você dilui seus investimentos em várias cestas pelo mundo. 

Isso inclui diferentes países e setores econômicos. 

Enquanto o Brasil pode estar enfrentando um período difícil, outros mercados podem estar em expansão. 

Por exemplo, enquanto o setor de commodities pode estar em alta no Brasil, o setor de tecnologia nos EUA ou de manufatura na Alemanha pode estar apresentando oportunidades imperdíveis. 

Essa diversificação reduz os riscos específicos de cada região ou setor, proporcionando uma proteção adicional ao seu portfólio.

Gestão profissional e especializada

E não podemos esquecer da cereja do bolo: a gestão profissional. 

Fundos internacionais são geridos por especialistas que vivem e respiram o mercado global. 

Eles têm o conhecimento e os recursos para tomar decisões embasadas e rápidas, algo que seria complicado para um investidor individual fazer por conta própria.

Com esses gestores, você está colocando seu dinheiro nas mãos de quem entende.

É como ter um guia experiente ao seu lado, alguém que conhece todos os atalhos e perigos do caminho.

Investir em fundos internacionais é, sem dúvida, um passo inteligente para quem busca maximizar retornos e minimizar riscos. 

Mas claro, como tudo na vida, não são só flores. 

No próximo tópico, vamos falar dos desafios e riscos que você deve considerar antes de mergulhar de cabeça. 

Porque, afinal, é sempre bom estar preparado para todas as eventualidades.

Riscos e desafios dos Fundos Internacionais

Investir em fundos internacionais abre portas para oportunidades incríveis, como acesso a mercados globais, proteção contra a instabilidade econômica local e potencial de retornos elevados. 

Mas como tudo na vida, existem desafios e riscos que você precisa estar ciente para fazer escolhas informadas e seguras. 

Vamos conhecer os principais riscos associados a esses investimentos para que você possa navegar nesse cenário com confiança e conhecimento.

Flutuações Cambiais

Investir no exterior implica lidar com diferentes moedas, e é aqui que as flutuações cambiais entram em cena. 

Imagine que você investe em um fundo 100% alocado em ativos dos Estados Unidos. 

Se o dólar se valorizar em relação ao real, você pode lucrar não só com o desempenho do fundo, mas também com a valorização do dólar. 

No entanto, o contrário também é verdadeiro: se o dólar desvalorizar, seus ganhos podem ser corroídos. 

É como se sua carteira estivesse em um balanço constante, influenciado pelo sobe e desce das moedas. 

Muitos fundos oferecem proteção cambial (hedge), mas essa decisão deve estar alinhada com seu perfil de risco e objetivos financeiros.

Existem diversas estratégias de hedge que todo investidor deveria conhecer, para ter uma carteira de investimentos blindada contra as flutuações cambiais, riscos políticos ou econômicos.

Riscos políticos e econômicos globais

O mercado global é vasto e diverso, e isso significa que eventos políticos e econômicos em qualquer parte do mundo podem impactar seus investimentos. 

Por exemplo, uma crise política na Europa, como a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), pode afetar os mercados de ações e de câmbio, provocando volatilidade significativa no valor dos fundos que investem na região. 

Investidores viram quedas bruscas nas ações europeias e na libra esterlina durante os momentos críticos do Brexit, refletindo a incerteza política.

Da mesma forma, políticas econômicas nos Estados Unidos podem mudar o cenário para investimentos em setores específicos. 

A guerra comercial entre os EUA e a China, iniciada em 2018, levou a tarifas elevadas sobre produtos tecnológicos e agrícolas, afetando diretamente empresas e fundos expostos a esses setores. 

Por exemplo, fundos focados em tecnologia viram oscilações acentuadas nos preços das ações de empresas como Apple e Intel, que têm forte presença no mercado chinês.

Esses fatores são imprevisíveis, mas essenciais para uma estratégia de diversificação robusta. 

Por exemplo, a crise da dívida soberana na Grécia em 2010 teve repercussões em todo o mercado europeu, afetando bancos e fundos de investimento com exposição à dívida pública e privada do país. 

É como andar em uma corda bamba onde o equilíbrio vem do conhecimento e da preparação para possíveis oscilações. 

Conhecer os riscos e entender as dinâmicas globais permite que você ajuste sua carteira de investimentos para mitigar esses impactos e aproveitar as oportunidades de mercado.

Regulações e Impostos

Cada país tem suas próprias regulamentações financeiras e regras tributárias. 

Investir em fundos internacionais significa que você precisa entender essas variáveis para evitar surpresas desagradáveis. 

Por exemplo, os Estados Unidos possuem regras específicas para a tributação de rendimentos de estrangeiros, que podem afetar a rentabilidade líquida do seu investimento. 

Além disso, o Brasil também possui suas regulamentações, como a necessidade de declarar e pagar impostos sobre os ganhos no exterior. 

Navegar por esse labirinto regulatório pode ser complexo, mas é crucial para garantir que seus investimentos estejam em conformidade e sejam vantajosos.

Nessas horas é bastante válido a ajuda de um profissional ao seu lado.

Volatilidade do mercado

Os mercados internacionais podem ser tão, ou até mais, voláteis que os mercados brasileiros. 

Isso significa que, além dos retornos potencialmente mais altos, você também deve estar preparado para enfrentar maiores oscilações. 

A volatilidade é a outra face da moeda quando se busca retornos elevados. 

Investir em ações nos Estados Unidos, por exemplo, pode trazer ganhos expressivos, mas também perdas significativas em períodos de instabilidade. 

A chave aqui é diversificação e um bom entendimento dos setores nos quais você está investindo.

Aproveitar as oportunidades dos fundos internacionais requer uma visão clara dos riscos envolvidos. 

Por isso é importante você entender o que é volatilidade e como usá-la para lucrar no mercado financeiro.

No próximo tópico, vamos ver o passo a passo prático para você começar a investir, garantindo que você tenha todas as ferramentas necessárias para tomar boas decisões.

Passo a passo para investir em fundos no exterior

1. Escolha da corretora ou plataforma de investimentos

Primeiro, escolha uma corretora confiável. No Brasil, XP Investimentos e BTG Pactual são boas opções. 

Nos EUA, considere Charles Schwab, TD Ameritrade ou Avenue. Esta última é altamente recomendada porque ela foi criada por brasileiros para atender brasileiros.

Verifique as taxas, a reputação e os tipos de fundos oferecidos para encontrar a melhor opção para você.

2. Abertura de conta e transferências internacionais

Abra sua conta na corretora escolhida, fornecendo os documentos necessários. Depois, transfira os fundos para essa conta. 

As maiores corretoras brasileiras oferecem serviços de transferência internacional. Entenda os custos e prazos envolvidos.

3. Seleção e análise de fundos

Com a conta aberta e os recursos em saldo, selecione e analise os fundos disponíveis. Considere seu perfil de risco e objetivos. 

Como você já sabe, fundos de renda fixa são mais estáveis, enquanto fundos de renda variável podem oferecer maiores retornos. 

Utilize ferramentas da corretora para analisar a performance e a composição dos fundos.

4. Monitoramento e ajustes na carteira

Após investir, monitore regularmente o desempenho dos fundos e faça ajustes conforme necessário. 

Use relatórios e análises da corretora para se manter atualizado. Pense na sua carteira como algo que precisa ser cuidado e ajustado regularmente.

Vale a pena investir em fundos internacionais?

Então, vale a pena investir em fundos internacionais? 

Sem dúvida, sim. Ao longo deste artigo, vimos como esses fundos permitem que você diversifique sua carteira e mitigue riscos associados ao mercado brasileiro. 

Investir no exterior é como espalhar seus ovos em várias cestas ao redor do mundo, o que proporciona mais segurança e potencial de ganhos.

Falamos sobre os tipos de fundos disponíveis, desde renda fixa até os cambiais, cada um com suas vantagens específicas. 

Abordamos também os benefícios de acessar economias mais estáveis e empresas líderes globais. 

Claro, investir fora tem seus desafios – flutuações cambiais e riscos políticos, por exemplo – mas com uma boa estratégia e análise cuidadosa, você pode administrar esses riscos com confiança.

No final das contas, investir em fundos internacionais é uma excelente maneira de proteger e aumentar seu patrimônio, contando com uma gestão profissional.

Você ganha tempo para focar em coisas que considera mais importantes em sua vida.

Se você se interessou em investir em fundos internacionais, convido você a conversar com um dos nossos consultores de investimentos da GuiaInvest Wealth.

Eles irão te orientar e guiar nas melhores alternativas para atender às suas necessidades e objetivos de investidor.

Clique aqui, preencha o formulário e aguarde o nosso contato para realizar o agendamento da conversa.

Um abraço,

André Fogaça

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