Torne-se um investidor global de sucesso e alcance seus objetivos financeiros.
Você já imaginou investir nas gigantes mundiais como Google, Apple e Microsoft diretamente do conforto da sua casa no Brasil?
Ou até mesmo diversificar seus investimentos em moedas mais fortes como o dólar e o euro?
Se você, assim como eu, já cansou da volatilidade e das incertezas do mercado brasileiro, está na hora de explorar um novo horizonte cheio de oportunidades além das nossas fronteiras.
Neste artigo, você vai descobrir como investir no exterior pode não apenas aumentar a rentabilidade da sua carteira, mas também proteger seu patrimônio contra as oscilações do mercado doméstico.
Imagine a tranquilidade de saber que parte do seu dinheiro está seguro em economias mais estáveis, ganhando em moeda forte, e com acesso a uma vasta gama de investimentos que vão muito além das opções limitadas da nossa B3.
Vamos ver juntos as diversas formas de alocar seus recursos em ativos internacionais, desde ações de grandes empresas globais até imóveis e títulos do governo americano.
Você aprenderá como abrir uma conta em corretoras estrangeiras, enviar dinheiro para fora com segurança e, claro, lidar com as questões tributárias que podem surgir pelo caminho.
Acredite, a diversificação internacional não é apenas uma estratégia para os mais ricos.
É uma necessidade real para quem quer construir um portfólio robusto e resiliente. Se você está pronto para dar um passo significativo rumo à estabilidade financeira global, continue lendo.
Vamos desmistificar todo o processo de investir no exterior, mostrando que, com a estratégia certa, você pode aproveitar as melhores oportunidades do mercado financeiro mundial.
Ao mergulhar neste guia, você encontrará não apenas as razões para investir fora do Brasil, mas também as instruções práticas para começar hoje mesmo.
Vamos discutir desde a abertura de contas em corretoras internacionais até as melhores práticas para enviar e gerenciar seu dinheiro no exterior.
A ideia é fornecer um panorama completo que vai transformar a forma como você enxerga seus investimentos.
A diversificação global é a chave para um portfólio mais seguro e lucrativo.
Continue a leitura e conheça as razões para sempre ter uma parte do seu patrimônio no exterior.
O que é investimento no exterior?
O investimento no exterior é toda a alocação em ativos financeiros (ações, títulos, fundos de investimentos, etc) realizada fora do país onde o investidor reside.
Um investidor brasileiro que compra ações de empresas americanas, por exemplo, está investindo no exterior.
Esse tipo de investimento serve para diversificar o capital e ganhar rendimentos em moedas mais fortes, como é o caso do euro e do dólar.
No caso do investidor americano que investe no Brasil, geralmente a motivação está em oportunidades nos mercados emergentes.
O investimento no exterior pode ser realizado através da compra direta dos ativos através de corretoras internacionais ou em produtos com exposição ao mercado internacional disponíveis na Bolsa de Valores do próprio país de residência.
Por que investir no exterior?
Existem diversas razões vitais para investir no exterior como:
- Diversificar entre países;
- Maior exposição à economia mundial;
- Maior potencial de retorno;
- Diminuir o risco do portfólio;
- Se proteger do Risco Brasil;
- Exposição à uma moeda mais forte;
- Manter o poder de compra.
O principal motivo é a diversificação. Ao colocar parte do patrimônio no exterior é possível diminuir o risco do seu portfólio e se proteger do “risco Brasil”.
Querendo ou não, todos os ativos que estão dentro do mercado brasileiro estão atrelados ao Brasil.
Investir parte do patrimônio no exterior ajuda a proteger a carteira em momentos de incerteza doméstica, como em eleições, crises políticas e econômicas.
Ao investir em economias mais estáveis do que a brasileira, caso dos EUA, Japão e países europeus, o risco tende a ser menor.
Há, ainda, a vantagem da exposição do capital a moedas fortes e ganhar também com sua valorização.
Quando se fala em diversificação internacional, o primeiro país que costuma vir à mente é os Estados Unidos.
Também pudera.
O dólar tem um componente muito presente até mesmo no Brasil.
A maioria dos produtos são dolarizados. Como é o caso de equipamentos eletrônicos, gasolina, trigo, medicamentos, entretenimento, viagens internacionais e aí por diante.
Como o brasileiro possui despesas contratadas em dólar, quando o real desvaloriza frente ao dólar, o poder de compra da população diminui.
Por isso, para proteger o poder de compra, as receitas não podem ficar restritas a ganhos reais.
Além disso, o mercado norte-americano é o maior e mais maduro do mundo e a maior parte dos perfis de investidores pode se beneficiar ao aprender como investir no exterior.
A variedade de ativos também entra nessa conta:
- B3 (bolsa brasileira): cerca de 475 empresas listadas…
- NYSE: mais de 2,4 mil opções de ações;
- Nasdaq: mais de 3,6 mil companhias.
Portanto, investir no exterior é uma estratégia importante independentemente do momento do mercado, que deve ser feita de forma estruturada e mantida na carteira de investimentos.
Como investir no exterior?
O investimento no exterior pode ser feito de duas formas: investir direto no exterior ou através da bolsa de valores brasileira.
Sim, existem diferentes formas de se expor ao mercado internacional com aplicações dentro ou fora do país, com ou sem risco cambial, dependendo do produto.
Para definir em que investir no exterior, veja mais sobre cada uma das opções e opte por aquela que melhor atender suas necessidades.
Investir direto no exterior
Para investir diretamente em empresas norte-americanas, por exemplo, o investidor abre uma conta em uma corretora de valores internacional e tem acesso a todos os ativos disponíveis nas bolsas americanas.
Diferente do que acontece no Brasil, as bolsas americanas NASDAQ e NYSE, possuem empresas do mundo inteiro sendo negociadas lá.
Inclusive empresas brasileiras, como o Nubank e a XP, escolheram o mercado americano para fazer seu IPO.
Assim, ao criar uma conta em uma corretora que tenha acesso à Bolsa Norte-Americana o investidor tem acesso a ativos e empresas de todo o mundo de um lugar.
Por isso, investir diretamente é considerado por diversos investidores uma das melhores formas de investir no exterior.
Antigamente era necessário abrir uma conta em uma corretora americana e enviar dinheiro para lá para fazer suas ordens de compra de ações.
Atualmente, não é mais necessário abrir uma conta no exterior para investir diretamente em ativos globais.
A XP, por exemplo, passou a oferecer a seus clientes uma conta internacional para que invistam diretamente no exterior.
Além disso, corretoras especializadas como a Avenue permitem que o brasileiro acesse o mercado norte-americano com facilidade e em uma plataforma totalmente em português.
Investimentos disponíveis no exterior
Conheça os principais investimentos no exterior disponíveis nas Bolsas de Valores Norte-Americanas:
1. Stocks
Stocks são as ações de empresas de capital aberto negociadas nas bolsas de valores americanas.
Elas se dividem em ações Classe A e Classe B de acordo com os direitos de voto atribuídos ao acionista.
Os acionistas da classe A geralmente têm mais direitos de voto do que os proprietários de outras classes de ações.
Alguns exemplos são:
- Microsoft (MSFT) negociada na NASDAQ;
- Apple (AAPL) negociada na NASDAQ;
- Amazon (AMZN) negociada na NASDAQ;
- Facebook (META) negociada na NASDAQ;
- Berkshire Hathaway (BRK.A – classe A e BRK.B -classe B) negociadas na NYSE;
- Visa (V) negociada na NYSE;
- Mastercard (MA) negociada na NYSE;
- Walt Disney (DIS) negociada na NYSE.
2. Real Estate Investment Trust (REIT)
REIT é um veículo de investimento do mercado imobiliário dos Estados Unidos.
Para efeitos comparativos, podemos dizer que são a versão americana dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) do Brasil.
No entanto, há diferenças importantes entre os dois.
A principal delas é que os Reits não são fundos propriamente ditos, mas empresas com conselho e diretoria próprios.
Como tal, podem lançar ações em bolsa, fazer parte de índices acionário e tomar empréstimos e se alavancarem.
Assim como acontece nos FIIs, esses produtos investem em segmentos imobiliários como logística, escritórios, industrial, varejo, hospedagem e residenciais.
Além dos segmentos tradicionais, há Reits que investem em cemitérios, prisões, data centers, antenas, entre outros.
Outro destaque dos Real Estate Investment Trust é a distribuição de pelo menos 90% de seus rendimentos anuais tributáveis aos acionistas.
Justamente por serem bons pagadores de dividendos e em dólar, os REITs se tornam opções para diversificar a carteira.
O produto pode ser acessado diretamente ou por meio de ETFs, BDRs e BDRs de ETFs de Reits listados na B3.
3. ETFs (Exchange Traded Funds)
Outra opção de investimento no exterior são os Exchange Traded Funds (ETFs).
Ao investir diretamente nos ETFs na Bolsa Americana, o investidor tem acesso a milhares de diferentes ETFs que não estão disponíveis na B3.
Atualmente existem 2.890 ETFs listados nas bolsas americanas.
Alguns dos principais ETFs negociados são:
SPY (SPDR S&P 500 ETF Trust)
O SPY é um ETF projetado para acompanhar o índice S&P 500 (Standard & Poor’s 500 Index), principal indicador financeiro das bolsas de valores americanas.
Através dele é possível investir nas principais empresas de capital aberto do mundo, como Apple, Facebook, Google, Amazon e Walmart.
VOO (Vanguard 500 Index Fund ETF)
O VOO é outro ETF que investe em ações no índice S&P 500 que representa as 500 maiores empresas dos Estados Unidos em valor de mercado.
QQQ (Invesco QQQ Trust Series 1)
O QQQ é um ETF que acompanha o índice “Nasdaq 100 Index”, composto pelas 100 maiores empresas internacionais e domésticas dos EUA, excluindo as financeiras, listadas na bolsa de valores da Nasdaq.
VNQ (Vanguard Real Estate Index)
O VNQ é um dos maiores ETFs de Real Estate no mercado. Ele acompanha de perto o retorno do índice MSCI US Investable Market Real Estate 25/50, um índice do setor imobiliário dos Estados Unidos.
VYM (Vanguard High Dividend Yield ETF)
O VYM procura acompanhar o desempenho do índice FTSE® High Dividend Yield, que mede o retorno do investimento em ações ordinárias de empresas caracterizadas por altos rendimentos de dividendos.
4. Bonds
Bond é um nome genérico para papéis de renda fixa emitidos no exterior. Podendo ser títulos de dívida emitidos por empresas, pelo Governo americano ou por companhias de outros países.
Os juros pagos pelos bonds são determinados pelo risco de crédito conforme classificação de agências internacionais, como Moody’s, Fitch e S&P que atribuem notas aos papéis de empresas e governos.
Dependendo do seu “grau de investimento” (segurança), “grau especulativo”, “vulnerabilidade” e “default” (calote), um bond pode pagar mais ou menos juros.
Quanto maior o risco do Bonds, maior costumam ser os juros pagos.
O prazo do título é outro fator que influencia na precificação. Geralmente, quanto mais longe do vencimento, maior a recompensa.
Os títulos do Tesouro americano, ou Treasuries, são considerados os bonds de menor risco e um dos investimentos mais seguros do mundo.
Os bonds podem ser:
- Públicos, como os títulos da dívida pública, emitidos pelo Governo do país;
- Corporativos, aqueles emitidos por empresas ou outras instituições privadas.
Treasury Bonds (bonds do Governo)
Os Treasury Bonds ou Government Bonds, são títulos emitidos pelo Tesouro de um país.
Cada país tem a sua forma de emitir bonds, aqui vamos falar do mais conhecido e popular, os bonds emitidos pelo governo norte-americano.
Os três tipos principais são:
- Treasury bills (T-Bills): vencimento em até um ano;
- Treasury notes (T-Notes): vencimento entre 2 e 10 anos;
- Treasury bonds (T-Bonds): vencimento entre 10 e 30 anos.
Todos estes Treasury bonds são prefixados, ou seja, a taxa de retorno é a definida na hora da contratação. Além disso, os T-Notes e T-Bonds pagam juros semestrais.
Com o avanço dos preços nos Estados Unidos, outro título ganhou espaço no mercado, o bond protegido da inflação chamado de “Tips”.
Neste caso, além de uma taxa prefixada, o papel cobre a variação do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês).
Ele funciona de forma semelhante ao título do Tesouro IPCA+ no Brasil.
O pagamento de juros é semestral e os prazos de vencimento são de cinco, dez ou trinta anos.
Corporate Bonds (títulos corporativos)
Os bonds emitidos por empresas, também conhecidos como títulos corporativos, têm diferentes prazos de vencimento.
Os bonds de curto prazo são aqueles que vencem em até cinco anos. Entre cinco e 12 anos, eles são considerados de médio prazo. Já acima de 12 anos, são de longo prazo.
Eles também diferem em suas obrigações, podendo ser separados pela taxa ou tipo de pagamento de juros ou cupom e outros atributos.
Veja algumas das variações mais comuns:
- Coupon: pagam juros semestral ou anualmente;
- Zero-coupon: não pagam pagam cupons, em vez disso, remuneram apenas no vencimento;
- Convertible: permite aos detentores de títulos converter sua dívida em ações da empresa (como as Debêntures Conversíveis);
- Callable: pode ser comprado de volta pela empresa antes de seu vencimento em troca de algum bônus;
- Puttable: permite que os detentores vendam o título de volta à empresa antes de seu vencimento.
Investir no exterior através da bolsa brasileira
Outra forma de ter acesso a alguns ativos do exterior é investindo no mercado brasileiro através de ativos com exposição internacional.
Nesses casos, o investidor investe em Real, diretamente pela B3.
As principais opções para investir no exterior sem mandar dinheiro para fora são:
1. Fundos de Investimentos
Existem diferentes classes de fundos de investimento no mercado brasileiro que possuem em sua carteira ativos de fora do país.
Estes podem servir como uma porta de entrada do investidor para se expor ao exterior investindo em ativos negociados na B3.
Os fundos cambiais investem em moedas estrangeiras, principalmente dólar e euro.
O investidor compra cotas desses fundos em real e fica exposto às oscilações das moedas que estão na carteira daquele fundo.
Segundo a legislação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários), 80% da carteira dos fundos cambiais deve ser ligada à moeda estrangeira e variação cambial.
Os outros 20% podem ser atrelados a outros ativos, normalmente em fundos ou títulos de renda fixa.
Já os fundos de ações ou multimercados podem investir em ações e outros títulos do exterior.
Por regra, os fundos destinados aos investidores de varejo podem destinar até 20% do patrimônio para ativos financeiros no exterior. O restante é aplicado em títulos de renda fixa locais.
Para os investidores qualificados, aqueles que possuem pelo menos R$ 1 milhão investido, os fundos comuns podem destinar até 40% dos recursos para aplicações no exterior.
Para esse mesmo público, existem ainda os fundos de investimento no exterior, no qual as carteiras que podem ter 100% do patrimônio aplicado fora do país.
2. ETFs (Exchange Traded Funds)
Outra forma de investir no exterior com segurança é por meio de ETFs que acompanham índices de ações estrangeiras.
Na Bolsa de Valores do Brasil, B3, é possível investir em fundos de índices que replicam o S&P 500, principal referência do mercado acionário americano ou outros índices regionais.
Veja alguns deles:
- IVVB11 (iShares S&P 500): busca refletir a performance do Índice S&P 500 em reais (S&P 500 Brazilian Real Index), composto pelas 500 principais empresas dos EUA.
- NASD11 (Trend ETF NASDAQ 100 Index Investment Fund): utiliza como benchmark o índice americano Nasdaq 100, das 100 maiores empresas listadas na Nasdaq.
- XINA11 (Trend ETF MSCI China Fundo de Índice): acompanha o índice MSCI China, composto por empresas chinesas de grande e médio porte listadas em todos os mercados.
3. BDRs (Brazilian Depositary Receipts)
Uma das modalidades mais conhecidas e fáceis de como investir no exterior são os Brazilian Depositary Receipts, ou apenas BDRs.
Eles são recibos que têm como “lastro” papéis de companhias estrangeiras e são negociados no pregão da B3.
Ou seja, não são ações ‘diretas’ de empresas, mas títulos representativos delas emitidos por um banco ou instituição financeira brasileira.
Para isso, a instituição depositária, que emite os BDRs localmente, compra as ações lá fora e as deixa depositadas e bloqueadas para que o investidor brasileiro compre os BDRs em moeda local.
Alguns papéis de empresas negociadas fora do Brasil que possuem BDRs negociados na B3 são:
- Apple (AAPL34);
- Google (GOGL34);
- Microsoft (MSFT34);
- Facebook (FBOK34);
- Amazon (AMZO34);
- Berkshire Hathaway (BERK34).
Como abrir conta em corretora para investir no exterior?
Por muito tempo, investir no exterior era visto como algo trabalhoso e um privilégio para os mais ricos, mas com o avanço e a democratização do mercado financeiro, investir em ações estrangeiras de forma direta ficou muito mais fácil.
Ao abrir conta em corretora para investir no exterior o investidor tem acesso a um leque maior de ativos.
Dessa forma, pode comprar empresas que não possuem BDRs na Bolsa Brasileira, além de ter acesso a outros ativos além de ações e de fato dolarizar a carteira.
Existem no Brasil corretoras e plataformas que facilitam o investimento diretamente no exterior com plataformas 100% em português e processo de abertura simples.
Algumas opções bem populares e difundidas para investir diretamente no exterior são a Avenue (atendimento em português), a DriveWealth e a Stake.
Essas empresas possibilitam que investidores brasileiros abram suas contas em poucos minutos, normalmente no próprio aplicativo, e invistam diretamente no exterior.
Para isso, o investidor só precisa de uma cópia de seu RG e de um comprovante de endereço.
Caso o investidor não queira abrir conta em uma corretora do exterior, plataformas brasileiras já possibilitam investir diretamente em ativos globais.
Atualmente é possível investir no exterior pela XP.
A corretora brasileira disponibilizou uma conta internacional para clientes que tenham patrimônio líquido a partir de R$ 10 mil.
Por meio da XP Internacional, corretora americana do Grupo XP, é possível investir diretamente em todas as empresas listadas nas duas principais bolsas dos Estados Unidos (Nasdaq e NYSE).
Como enviar dinheiro para investir no exterior?
Para investir diretamente no exterior é preciso negociar os ativos na moeda local.
Assim, se for investir nas bolsas americanas, é preciso enviar dinheiro para o exterior, em
dólar.
O processo é simples e pode ser realizado na própria plataforma da corretora, se possuir esta opção, ou por plataformas terceirizadas.
Clientes da Avenue, por exemplo, possuem o câmbio integrado na plataforma.
Para enviar o dinheiro, o cliente faz o depósito do valor em reais via TED ou PIX de qualquer banco brasileiro para sua conta na corretora.
Com o valor na conta Avenue, é possível converter para dólares dentro da própria plataforma e realizar os investimentos do mesmo jeito que faria comprando ações na B3 em qualquer corretora brasileira.
No caso da conta na XP, o cliente pode transferir o dinheiro de sua conta nacional para a “Conta Investimento US”. O câmbio também está integrado.
Outra forma de enviar dinheiro para a corretora no exterior é por meio de plataformas terceirizadas.
Nesse caso, é preciso abrir conta em uma das plataformas de envio de dinheiro para o exterior e depositar o dinheiro em reais, indicando a conta de destino (a sua conta da corretora no exterior).
Depois, basta transferir o valor em reais para essa plataforma, que ficará encarregada de fazer a conversão e enviar o dinheiro para a conta da corretora.
Algumas plataformas que realizam esse serviço são a Remessa Online, Husky e Órama.
Vale destacar que essas transferências possuem custos de IOF para o câmbio e transferência.
Tributação e taxas para investir no exterior
É importante o investidor se atentar quais os impostos para investir no exterior, principalmente para quem vai fazer investimentos de forma direta.
Os investimentos no exterior feitos através do mercado brasileiro também são tributados de diferentes formas pela Receita Federal.
Fundos que fazem investimentos no exterior
O que muda para os fundos de investimento em ativos no exterior negociados na B3 é que as liquidações e resgates são tributados sempre em 15% sobre o lucro.
Diferentemente de boa parte dos fundos de investimentos brasileiros, cujos ganhos no resgate são tributados entre 15% e 22,5%, dependendo do prazo da aplicação.
No caso dos investimentos em fundos, ainda há custos com a Taxa de Administração e de Performance, se houver.
Investir no exterior por ETF
Os ETFs negociados na Bolsa de Valores Brasileira que têm como referência índices estrangeiros também têm os ganhos com as operações tributadas sempre em 15%.
Outro custo nesse tipo de investimento é a taxa de administração do ETF e a taxa de custódia da B3.
Investir no exterior por BDRs
A regra de declaração de imposto de renda de BDRs é basicamente a mesma das ações: a tributação é de 15% dos lucros.
No caso de operações de Day Trade, quando a compra e venda dos ativos acontece no mesmo pregão, a tributação é de 20% dos lucros.
Investimentos no exterior de forma direta
Para investir direto nas bolsas do exterior é necessário abrir uma conta em uma corretora que atue no país estrangeiro e enviar dinheiro mediante transação de câmbio.
Nesse caso, são cobrados a taxa de câmbio e o IOF, o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros.
Já em relação ao Imposto de Renda, a tributação seguirá a tabela progressiva do IR para ganhos com vendas de ativos.
Veja na tabela abaixo o percentual de imposto que você deverá pagar caso tenha lucros com aplicações fora do Brasil.
Imposto sobre ganho de capital:
Ganhos | Alíquota |
Até R$ 5 milhões | 15% |
Mais de R$ 5 milhões e até R$ 10 milhões | 17,5% |
Mais de R$ 10 milhões e até 30 milhões | 20% |
Acima de R$ 30 milhões | 22,5% |
Já o recebimento de dividendos segue a tributação conforme a tabela progressiva do imposto de renda, que vai de 0% a 27,5%.
Quanto dinheiro é preciso para investir no exterior?
Investir no exterior não requer grandes quantias. É possível iniciar o portfólio internacional com valores muito pequenos.
Com apenas R$ 10 já é possível comprar frações das ações e cotas de ETFs estrangeiros.
Portanto, mesmo com pouco dinheiro já se pode diversificar o patrimônio internacionalmente.
O percentual ideal de alocação em ativos internacionais vai depender do perfil de cada investidor.
Se precisar de ajuda para montar uma carteira global, o mais seguro é você conversar com um consultor de investimentos internacional.
Vantagens de investir no exterior
Para entender melhor as razões para investir no exterior, é preciso conhecer as principais vantagens de investir fora do Brasil:
Diversificação geográfica
A diversificação do portfólio é uma ótima forma de proteção. Para que essa estratégia entregue os melhores resultados, a descorrelação entre ativos precisa ir além das classes.
A ideia de investir no exterior é distribuir o risco da sua carteira em mais de um país. Assim, o desempenho da carteira não depende apenas do mercado do seu próprio país.
Em momentos de baixas no mercado brasileiro, o dólar costuma se valorizar em relação ao real.
Com a exposição a uma moeda mais forte, as perdas domésticas podem ser suavizadas, o que gera uma melhor relação risco retorno no médio e longo prazo.
Exposição à economia mundial
O Brasil representa apenas 3% do PIB global. Ao investir apenas no Brasil, o investidor perde a oportunidade de investir em 97% de outros ativos a nível mundial.
As maiores marcas do mundo e empresas reconhecidas internacionalmente têm suas ações negociadas em grandes bolsas de mercados maduros, como os Estados Unidos.
Já imaginou virar sócio e ganhar com parte dos lucros de companhias que fazem parte do dia-a-dia de pessoas do mundo inteiro, como Apple, Google, Amazon?
Ao investir no exterior, também é possível comprar frações de imóveis através dos REITs e emprestar dinheiro para os governos mais sólidos através da renda fixa.
Exposição a moedas mais fortes
Investir fora do Brasil dá acesso a moedas mais fortes, como o dólar. A exposição em moedas fortes contribui para manter o poder de compra do investidor.
Potencial de retorno
Outra vantagem de investir no exterior é se expor a ativos com grandes capacidades de retorno sobre investimentos.
Seja investindo nas principais companhias do mundo ou encontrando ativos baratos, sendo negociados com um Valuation atrativo, as oportunidades são inúmeras.
Facilidade
Realizar investimentos no exterior ficou muito mais fácil e acessível.
Se o investidor preferir, não precisa mais abrir uma conta no exterior.
Existem corretoras internacionais com plataformas em português, como é o caso da corretora Avenue, além das corretoras brasileiras que disponibilizam o acesso direto ao mercado internacional.
Redução de risco
Investir no exterior também é um mecanismo de defesa contra o risco-Brasil, ou seja, o cenário de incerteza brasileiro gerado pela política ou pela economia.
Variedade de ativos
Por último, outra razão de investir no exterior é a variedade de ativos.
O mercado de ações brasileiro representa aproximadamente 1% do mercado de ações global, com pouco mais de 400 empresas.
Enquanto isso, as bolsas norte-americanas negociam mais de cinco mil companhias, quase a metade de todo o mercado de ações no mundo.
Investir no exterior abre um mundo de novas possibilidades para diversificar a carteira globalmente e acessar grandes mercados e economias.
Riscos em investir no exterior
Uma alocação equilibrada no exterior pode ser uma boa opção de diversificação e proteção para parte do patrimônio, mas também há riscos nesta modalidade de investimento.
Investir no exterior, assim como no Brasil, existem riscos, afinal, nenhum investimento é 100% seguro.
Os mercados do mundo inteiro estão sob a influência dos fatores e condições dos seus respectivos países e de ondas internacionais.
Por isso, quem busca aprender como investir no exterior com segurança precisa estudar e entender o mercado onde se está investindo e as variáveis que contribuem para os negócios.
Além disso, é preciso analisar bem o ativo escolhido e se este se enquadra no perfil de risco do investidor e seus objetivos.
Outro ponto importante é não deixar seu dinheiro parado na corretora americana, erro comum que muitos investidores cometem, por achar que apenas deixar seu dinheiro “dolarizado” já está protegido.
Caso a corretora enfrente algum problema financeiro seu patrimônio poderá ter uma proteção parcial, através do SIPC (Securities Investor Protection Corporation).
O SIPC funciona como seguradora, protegendo cada cliente em até US$ 500.000 em investimentos perdidos, incluindo um limite de US$ 250.000 em dinheiro.
Porém, deixar o dinheiro “parado” na conta corrente no exterior sem realizar nenhuma aplicação provavelmente não irá acompanhar a inflação.
E por fim, lembre-se da tributação, que pode variar de acordo com o produto e o país de destino dos recursos e a variação de câmbio.
Investir no exterior diretamente ou através da bolsa brasileira?
Como você viu, existem duas formas de investir no exterior: comprando ativos diretamente nas bolsas internacionais ou em ativos disponíveis na bolsa de valores brasileira.
Mas qual é melhor?
Investir em IVVB11 ou direto no ETF no exterior?
Investir em BDRs ou em stocks?
Para responder, vamos mostrar as vantagens e desvantagens de cada modalidade.
Vantagens de investir direto no exterior
- Maior variedade de ativos;
- Escolher ativamente os ativos;
- Acesso ao mercado fracionário/ menor barreira de entrada;
- Dolarização do patrimônio.
Desvantagens de investir direto no exterior
- Tributação diferente;
- Custos com remessa e taxas em dólar.
Vantagens de investir pela B3
- Mais simples;
- Negociação feita em reais;
- Não há necessidade de fazer remessas internacionais.
Desvantagens de investir pela B3
- Menos opções de investimentos;
- Mesmo exposto ao dólar, o patrimônio continua em Real.
Vale a pena investir no exterior?
Sim. O investimento no exterior oferece uma série de vantagens, entre elas a diversificação da carteira em uma economia e moeda mais fortes.
Dessa forma, o investidor fica menos refém da economia do próprio país e pode proteger seu poder de compra frente à desvalorização do real perante ao dólar.
Além disso, investir no investidor também possibilita aproveitar oportunidades globalmente e buscar maiores potenciais de ganhos, tanto na valorização do ativo estrangeiro como na apreciação do dólar.
No entanto, investir no exterior com segurança pode exigir uma compreensão maior do mercado financeiro global, análises e tendências.
Investimentos fora do país também apresentam características e riscos diferentes dos verificados no Brasil.
O fato é que praticamente todos os brasileiros deveriam alocar uma parcela do seu patrimônio no exterior se quiserem estar seguros de fato.
Uma dica para investir melhor e se expor aos mercados internacionais na medida certa e nos ativos corretos para seu perfil, objetivos e realidade é procurar o auxílio de um consultor de investimentos.
Um grande erro desses investidores é abrir a conta numa corretora nos EUA, transferir o dinheiro e deixá-lo parado, correndo um risco financeiro, além de perder rentabilidade para a inflação.
Por isso, você deve contratar um consultor de investimentos, que é o único profissional autorizado a dar recomendações e montar uma carteira personalizada.
A GuiaInvest Wealth é especializada em fazer toda a parte estratégica e operacional para você investir no exterior sem perder tempo.
Conclusão
Agora que você explorou as diversas formas de investir no exterior, vamos recapitular os principais benefícios que isso traz para a sua carteira.
Primeiramente, ao diversificar internacionalmente, você ganha acesso a um leque enorme de oportunidades que simplesmente não estão disponíveis no Brasil.
Pense nas milhares de empresas listadas nas bolsas americanas, nos fundos imobiliários globais e nas inúmeras opções de títulos de renda fixa emitidos pelos governos mais estáveis do mundo.
A diversificação geográfica é um ponto crucial. Investir em ativos de diferentes países reduz consideravelmente o risco da sua carteira.
Isso significa que, em momentos de turbulência econômica ou política no Brasil, suas finanças estão protegidas pelo desempenho mais estável de economias como a dos Estados Unidos ou da Europa.
A exposição a moedas fortes, como o dólar, também ajuda a manter seu poder de compra mesmo quando o real está em queda.
A facilidade de investir no exterior é outro ponto importante.
Com plataformas em português e corretoras brasileiras oferecendo acesso direto aos mercados internacionais, o processo é mais simples do que nunca.
Não há mais aquela barreira de abrir contas complicadas ou enviar dinheiro de maneiras inseguras. Tudo pode ser feito de forma integrada e prática, diretamente de casa.
Além disso, o potencial de retorno é algo que realmente faz brilhar os olhos.
Ao ter acesso a mercados maiores e mais diversificados, você pode encontrar ativos com valuations atrativos e grandes capacidades de crescimento, algo que é muito mais difícil em um mercado limitado como o brasileiro.
Essa exposição a ativos internacionais permite que você aproveite o crescimento de empresas líderes mundiais e setores inovadores.
Porém, investir no exterior exige um bom entendimento do mercado global e uma análise criteriosa dos ativos que você escolher.
Contar com a ajuda de um consultor de investimentos pode ser a chave para tomar decisões mais seguras e alinhadas aos seus objetivos financeiros.
Comece hoje mesmo a planejar sua internacionalização.
Com as ferramentas e o conhecimento certos, você estará pronto para transformar seu portfólio e garantir um futuro financeiro mais estável e rentável.
O mundo está cheio de oportunidades esperando para serem aproveitadas por investidores como você.
E lembre-se, diversificação e proteção da carteira são os pilares para um investimento de sucesso.
Se você precisa de ajuda para investir no exterior, te convido a conversar com um dos consultores de investimentos da GuiaInvest Wealth.
Eles podem te orientar na montagem de um portfólio com exposição a ativos internacionais.
Não perca essa chance de aprimorar seus investimentos com o apoio de especialistas!
Um abraço,
André Fogaça.