Caro leitor,
Tenho certeza que você já leu em algum lugar que quando compramos ações estamos comprando participação em uma empresa.
Mas para que essa afirmação tenha algum grau de relevância, você deve entender que as empresas possuem a capacidade de gerar cada vez mais valor ao acionista, na medida em que seus lucros cresçam.
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Basicamente, há uma relação direta (mas não simultânea) entre as variáveis.
O preço de uma ação, no longo prazo, tende a convergir na direção dos lucros: quanto mais lucros a empresa gerar, maior será o preço da ação.
Isso se prova no tempo.
No livro Investindo em ações no longo prazo, que aliás é um dos livros sobre investimentos mais lido no mundo, Jeremy Siegel apresenta um estudo histórico de 1802 até 2012 avaliando o desempenho dos principais investimentos.
O estudo provou que o investimento de 1 dólar em 1802 teria se transformado em mais de 700 mil dólares em 2012.
Os Bonds, os títulos públicos americanos mais seguros, transformariam 1 dólar em 1.778 mil dólares, muito distante dos 700 mil dólares gerados pelas ações.
Em termos anualizados, esses bonds entregaram um retorno de 3,6% acima da inflação versus um retorno de 6,6% acima da inflação nas ações.
Pode até parecer pouco, mas no longo prazo essa diferença na performance é brutal para construção de riqueza.
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E o motivo já foi mencionado, as empresas têm a capacidade de gerar cada vez mais valor no longo prazo.
O estudo se baseia em um histórico de 200 anos também para evidenciar o poder do tempo nos investimentos, mas obviamente sabemos que não temos todo esse tempo.
Mas mesmo sabendo que o investimento em ações se trata de uma atividade “longoprazista”, algumas ações com valor de mercado baixo frequentemente possuem potencial de crescimento acima do normal, em virtude da margem disponível para expansão dentro do seu mercado.
Enquanto uma grande empresa com 20% de market share no seu nicho enfrenta desafios significativos para dobrar sua fatia, devido à concorrência, uma empresa com apenas 1% de market share poderia expandir sua penetração no mercado para 2%, 3%, 4% ou mais.
Você já imaginou uma empresa aumentar seu market share em quatro vezes?
Esse crescimento resulta em retorno para o acionista no final do processo.
Além disso, existem outros fatores que potencializam esse tipo de empresa.
Como essas empresas costumam receber menos atenção de analistas, isso permite descobrir oportunidades únicas e subvalorizadas que o mercado ainda não precificou adequadamente.
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Empresas de pequeno porte geralmente conseguem se adaptar mais rapidamente às mudanças no ambiente de negócios, o que pode ser uma vantagem competitiva em setores dinâmicos.
Dito isso, e compreendido que as small caps possuem diferenciação em seu potencial de retorno, tenho algo importante a dizer: Estamos em uma janela de oportunidade única para esse tipo de empresa.
Explico.
As small caps respondem de forma mais intensa aos ciclos econômicos.
Dessa forma, é percebido uma reação mais aguda nas small caps do que nas blue chips.
Vale ressaltar que isso vale para o bem ou para o mal.
Ocorre que estamos percebendo uma discrepância curiosa entre o índice de referência das small caps (SMAL11) e o índice de referência das blues chips (IBOV).
Em uma janela de 6 meses, a diferença de performance e intensidade de movimento que nos chama a atenção.
O Ibovespa acumula uma alta de 9,11 por cento, enquanto o SMAL11 apresenta uma queda de quase 6 por cento.
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Esse gap de 15 pontos percentuais nos interessa dado o potencial de retorno para nossos clientes que topam assumir esse tipo de risco.
Somada essa assimetria ao ciclo claro de corte de juros no Brasil, o momento é de atenção às oportunidades nas small caps.
Estamos confiantes com o emprego de ativos de risco na carteira e mais ainda na atribuição de resultado que o book de assimetrias, focado em small caps, irá incorporar nos portfólios.
Forte abraço,
Eduardo Voglino