Saber como investir no exterior vai permitir que você explore as possibilidades de diversificação e proteção do seu patrimônio na maior economia do mundo.
Investir só no Brasil é como colocar todos os ovos na mesma cesta.
A ideia aqui é distribuir seu dinheiro em diferentes mercados para reduzir riscos e aumentar suas chances de ganho, é a famosa relação risco e retorno nos investimentos.
E não estamos falando só de investir em diferentes setores dentro do país, mas também de olhar além das fronteiras.
Quando você diversifica internacionalmente, especialmente em um mercado tão sólido quanto o dos Estados Unidos, está se protegendo contra as oscilações da economia brasileira.
Por exemplo, enquanto o Brasil lida com a instabilidade política e econômica, os EUA oferecem um mercado mais estável e previsível, o que pode equilibrar sua carteira.
Por isso, o tema de hoje é explorar como investir na renda fixa nos EUA traz algumas vantagens bem interessantes para você.
Então, para começar, vamos entender melhor o que são esses títulos de renda fixa americana e como eles funcionam.
O que é renda fixa americana?
Quando falamos de renda fixa americana, estamos nos referindo a investimentos que oferecem uma previsibilidade de retorno.
É como saber exatamente quanto você vai ganhar desde o momento em que coloca o seu dinheiro, o que é um alívio, não é?
Primeiro, vamos comparar com o que você já conhece aqui no Brasil.
Por aqui, temos os títulos públicos federais, que são super populares, além dos CDBs emitidos pelos bancos.
Nos EUA, temos algo similar.
Os “treasury bonds” são os equivalentes americanos aos nossos títulos do Tesouro.
Eles são emitidos pelo governo americano, oferecendo uma segurança que só a maior economia do mundo pode proporcionar.
E não para por aí.
Nos EUA, você também encontra os “corporate bonds”, que são como as nossas debêntures.
Empresas emitem esses títulos para financiar suas atividades, prometendo pagar juros ao investidor.
Eles podem ser um pouco mais arriscados que os títulos do governo, mas oferecem rendimentos mais altos para compensar esse risco.
Por último, temos os “Certificates of Deposit” (CDs), que lembram bastante os nossos CDBs. Bancos emitem esses certificados e, em troca, você ganha juros sobre o valor investido.
A grande sacada é que eles são garantidos pelo FDIC, uma espécie de “FGC” americano, o que traz uma camada extra de segurança.
Agora que você tem uma noção do que é a renda fixa americana e como ela se compara ao que temos no Brasil, vamos explorar mais a fundo as vantagens desses investimentos.
No próximo tópico, você vai descobrir por que investir em renda fixa nos EUA pode ser uma jogada inteligente para proteger e diversificar seu patrimônio.
Vantagens de investir em renda fixa nos EUA
Proteção contra a volatilidade do mercado brasileiro
Investir em renda fixa nos EUA é como colocar um colete à prova de balas na sua carteira.
Pense no mercado brasileiro como uma montanha-russa: altos e baixos constantes, com uma pitada de emoção a cada curva.
Agora, quem não gostaria de ter um pouco mais de estabilidade nesse cenário?
Uma das grandes vantagens de investir em títulos americanos é o hedge cambial.
Você sabe, o dólar tende a subir quando o real desvaloriza, o que pode funcionar como uma espécie de seguro para o seu patrimônio.
Além disso, a renda fixa nos EUA ajuda a proteger contra a inflação, especialmente em tempos de incerteza econômica no Brasil.
Pense nisso como ter uma poupança em uma moeda forte e estável.
Quando a economia brasileira passa por turbulências – como alta inflação ou crises políticas – seus investimentos em dólares estão lá, sólidos e protegidos.
Isso não significa que não haja riscos, claro, mas eles são diferentes e muitas vezes menores do que os que enfrentamos aqui.
Maior liquidez e maturidade do mercado americano
Outro ponto interessante é a liquidez e a maturidade do mercado de renda fixa americano.
Nos EUA, o mercado secundário é superativo.
Isso significa que, se você precisar vender um título antes do vencimento, provavelmente encontrará um comprador rapidamente, sem perder muito valor.
É como ter um carro que, mesmo usado, ainda atrai muitos compradores dispostos a pagar um bom preço.
Além disso, a diversidade de emissores nos EUA é impressionante.
Não estamos falando apenas do governo americano, mas de uma gama enorme de empresas privadas, cada uma com suas particularidades e potenciais de retorno.
Empresas como Apple, Microsoft e até mesmo algumas brasileiras, como Petrobras, emitem bonds no mercado americano.
Isso abre um leque de opções para você escolher, de acordo com seu perfil de risco e objetivos de investimento, para isso descubra seu perfil de investidor.
Então, se você está cansado de depender apenas das opções oferecidas aqui no Brasil, onde a liquidez pode ser um problema e as oportunidades são mais limitadas, investir nos EUA pode ser uma ótima saída.
E falando em diversificação, vamos explorar como exatamente você pode colocar seu dinheiro para trabalhar em diferentes tipos de títulos americanos, desde os famosos Treasury Bonds até os Corporate Bonds.
Tipos de Títulos de Renda Fixa nos EUA
Treasury Bonds
Vamos começar com os Treasury Bonds, ou simplesmente Treasuries.
Nos Estados Unidos, esses títulos são os queridinhos de quem busca segurança.
Funcionam como o Tesouro Direto no Brasil, mas com o respaldo da maior economia do mundo. Temos 4 principais tipos:
T-Bills
Esses são títulos de curtíssimo prazo, com vencimento em até um ano.
Não pagam juros periódicos, mas você compra com desconto e recebe o valor total no vencimento.
Pense neles como aquele empréstimo rápido que você faz para um amigo, sabendo que ele vai te pagar logo.
T-Notes
Títulos com prazos entre 2 e 10 anos, pagando juros semestrais. São perfeitos para quem quer um rendimento constante, como receber aluguel.
T-Bonds
Com prazos de 10 a 30 anos, esses títulos são ideais para quem está pensando em longo prazo. Eles também pagam juros semestrais.
Imagine guardar um bom vinho, sabendo que vai saboreá-lo anos depois.
TIPS (Treasury Inflation-Protected Securities)
Esses são atrelados à inflação, garantindo que seu poder de compra não será corroído. Parecem com as NTN-Bs brasileiras.
Se a inflação subir, o valor do seu investimento sobe junto. É como ter uma armadura contra a perda de valor do dinheiro.
A grande sacada dos Treasuries é a segurança.
O governo americano nunca deu calote, então você sabe que vai receber seu dinheiro de volta, com juros.
Corporate Bonds
Agora, vamos para os Corporate Bonds, que são os títulos de dívida emitidos por empresas. Eles funcionam como as debêntures brasileiras, mas têm suas peculiaridades.
High Yield
Esses são os títulos de empresas com maior risco de calote, mas que pagam juros mais altos para compensar o risco.
É como emprestar dinheiro para aquele primo empreendedor que está começando um negócio.
Pode dar certo e te render bons frutos, mas o risco é maior.
High Grade
Já esses são emitidos por empresas com excelente saúde financeira. Pagam menos juros, mas a segurança é maior.
É como emprestar dinheiro para um amigo que tem um emprego estável e sempre paga suas dívidas em dia.
Nos Estados Unidos, a variedade de Corporate Bonds é enorme.
Empresas como Apple, Microsoft e Google emitem esses títulos, o que permite você investir em marcas conhecidas, aumentando a confiança no investimento.
Certificates of Deposit (CDs)
Por fim, temos os Certificates of Deposit, ou CDs. Eles são semelhantes aos CDBs no Brasil.
Você deposita seu dinheiro em um banco americano por um prazo determinado e recebe de volta com juros.
Simples, certo?
A grande vantagem dos CDs é a garantia do FDIC, que funciona como o FGC no Brasil, protegendo seu investimento em até US$ 250 mil por banco.
É como ter um seguro para o seu dinheiro.
Mas fique atento: a liquidez dos CDs é baixa.
Se você precisar do dinheiro antes do prazo, pode ter que pagar uma multa. Então, só invista aquele dinheiro que você sabe que não vai precisar no curto prazo.
Cada um desses títulos tem suas próprias características e vantagens.
Agora chegou a hora de ver como você pode investir em renda fixa nos EUA, seja diretamente ou através do mercado brasileiro, para aproveitar todas essas oportunidades de maneira prática e eficiente.
Como investir em renda fixa nos EUA?
Investindo diretamente
Então, você decidiu se aventurar no mercado de renda fixa dos EUA. Ótima escolha!
A boa notícia é que você não precisa abrir uma conta em uma corretora americana diretamente.
A melhor maneira atualmente é utilizar corretoras que já atendem brasileiros, como a Avenue e a Nomad.
A Avenue, por exemplo, é uma corretora americana, mas foi especialmente desenvolvida para atender investidores brasileiros que desejam acessar o mercado financeiro dos Estados Unidos.
Ela é registrada e regulada nos EUA, seguindo as normas da SEC (Securities and Exchange Commission) e da FINRA (Financial Industry Regulatory Authority), o que garante um ambiente de negociação seguro e conforme as regulamentações financeiras americanas.
Inclusive, é através da Avenue que realizamos os investimentos no exterior para os nossos clientes de consultoria.
Essas corretoras facilitam o acesso ao mercado de renda fixa dos EUA para investidores brasileiros.
Mas, na prática, como essas corretoras funcionam?
Elas oferecem uma plataforma intuitiva onde você pode comprar títulos de renda fixa americanos como os treasury bonds e os corporate bonds.
Você só precisa abrir uma conta com seus documentos básicos, como passaporte e comprovante de residência, tudo de maneira online e prática.
Essas corretoras cuidam de todo o processo de conversão de reais para dólares, simplificando muito a sua vida.
Claro, há algumas taxas envolvidas, como o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e as taxas de câmbio, mas elas são transparentes sobre esses custos.
O importante é comparar as tarifas de cada corretora para encontrar a melhor opção para você.
Investindo via mercado brasileiro
Se a ideia de abrir uma conta no exterior não te agrada, você ainda pode investir em renda fixa americana sem sair do Brasil.
A opção aqui são os ETFs de renda fixa e os BDRs de ETFs, que são bem práticos.
Os ETFs, ou fundos de índice, são uma forma de investir em uma cesta de títulos de renda fixa americana, tudo através da B3.
Você compra cotas desses fundos, que replicam a performance dos títulos americanos, como os treasury bonds.
É como se você estivesse comprando um pacotão de títulos, o que facilita muito a diversificação e reduz o risco.
Agora, os BDRs de ETFs são outra excelente alternativa.
BDR significa Brazilian Depositary Receipts, e nada mais são do que certificados de valores mobiliários emitidos no Brasil e lastreados em ativos estrangeiros.
No caso dos ETFs de renda fixa, isso quer dizer que você pode investir em títulos americanos diretamente pela bolsa brasileira.
É super prático e não precisa converter seu dinheiro para dólar.
Um exemplo prático é o USDB11, um ETF listado na B3 que replica o Vanguard Total Bond Market ETF.
Ele reúne milhares de títulos de renda fixa dos EUA e oferece uma boa exposição ao mercado americano sem você precisar se preocupar com a burocracia de abrir uma conta no exterior.
Investir através de ETFs e BDRs é uma mão na roda para quem quer acessar o mercado de renda fixa americano com facilidade.
E falando em facilidade, agora vamos explorar estratégias de investimento e gestão de carteira para maximizar seus retornos.
Estratégias de investimento e gestão de carteira
Diversificação e alocação de ativos
Diversificar a carteira é como montar um time de futebol campeão: você precisa de jogadores de várias posições para garantir a vitória.
Isso significa balancear ativos de diferentes mercados para proteger e potencializar seus ganhos.
Por isso, uma estratégia inteligente, conhecida como alocação de ativos, é uma combinação de ativos americanos e brasileiros.
Por exemplo, você pode misturar renda fixa dos EUA, como os treasury bonds, com títulos do Tesouro Direto aqui do Brasil.
Enquanto os títulos americanos trazem aquela segurança extra por serem emitidos pelo governo dos EUA, os brasileiros oferecem retornos atrativos, principalmente em tempos de Selic alta.
Além disso, dá pra incluir alguns corporate bonds americanos nessa combinação.
Esses títulos de empresas sólidas lá de fora funcionam trazendo ainda mais diversificação e podem trazer retornos interessantes sem aumentar muito o risco.
Para completar, os ETFs são como aquele molho especial: com apenas uma aplicação, você investe em uma cesta diversificada de ativos, tanto aqui quanto lá fora.
Aproveitando a alta de juros nos EUA
Agora, falando em juros altos, estamos vivendo um momento raro.
A taxa de juros nos EUA está no nível mais alto desde 2001.
E como você pode aproveitar isso?
É simples: assim como você aproveita uma liquidação para comprar produtos de qualidade a um preço bom, os títulos de renda fixa americanos estão mais atrativos nesse momento.
Mas, claro, todo investimento tem seus riscos e oportunidades.
No curto prazo, títulos como os T-Bills são interessantes porque oferecem boa rentabilidade com pouco risco.
É como comprar um item em promoção que você sabe que vai usar logo.
No longo prazo, porém, vale considerar títulos com vencimentos maiores, como os T-Bonds, que podem garantir um retorno sólido ao longo do tempo – pense neles como um bom vinho que você deixa envelhecer.
É importante também ficar de olho nas decisões do Federal Reserve, o banco central americano.
Eles influenciam diretamente as taxas de juros e, consequentemente, os preços dos títulos de renda fixa.
Se o Fed decide aumentar os juros, os títulos recém-emitidos serão mais atraentes, mas os antigos podem perder valor.
É um jogo de estratégia, quase como no xadrez, onde cada movimento do Fed pode mudar o cenário do mercado.
Então, ao montar sua carteira, lembre-se de equilibrar ativos de diferentes prazos e mercados. Isso vai te ajudar a navegar pelas mudanças econômicas com mais tranquilidade.
E falando em tranquilidade, chegou a hora de discutir os riscos associados aos investimentos em renda fixa americana e como gerenciá-los para dormir com a consciência tranquila.
Riscos da renda fixa nos EUA
Vamos falar sobre os principais riscos que você deve considerar ao investir em renda fixa americana.
É crucial entender cada um deles para tomar decisões mais seguras e conscientes.
Aqui estão os três principais:
Risco de crédito
Esse risco está relacionado à capacidade do emissor do título de honrar seus compromissos de pagamento.
Nos EUA, assim como no Brasil, temos títulos do governo e de empresas privadas.
Por exemplo, imagine que você comprou um bond de uma empresa americana.
Se essa empresa passar por dificuldades financeiras e não conseguir pagar os juros ou o principal, você pode acabar com prejuízo.
Um caso famoso é o da General Motors, que entrou em falência em 2009, impactando seus títulos de dívida.
Lembre-se que os títulos corporativos são classificados em High Yield (mais arriscados, porém com maior retorno) e High Grade (menos arriscados, mas com retorno menor).
No Brasil, temos algo semelhante com as debêntures de empresas como a Petrobras, que tem notas altas, versus empresas menores que oferecem maiores retornos, mas com mais risco.
Risco de taxa de juros
Esse risco está relacionado às flutuações nas taxas de juros.
Como eu disse, nos EUA, as decisões do Federal Reserve sobre a taxa de juros podem afetar diretamente o valor dos títulos de renda fixa.
Por exemplo, se você compra um título quando a taxa de juros está alta e depois ela cai, o valor do seu título sobe, e você pode vendê-lo com lucro.
No entanto, se os juros subirem depois que você comprou, o valor do seu título cai.
Isso é semelhante ao que acontece com os títulos do Tesouro Direto no Brasil quando a Selic muda.
Imagine ter um título prefixado e a Selic aumentar – o valor do seu título cairia no mercado secundário.
Risco cambial
Esse risco está associado às flutuações na taxa de câmbio entre o real e o dólar.
Investir em dólares pode proteger contra a desvalorização do real, mas também pode ser uma faca de dois gumes se o dólar se desvalorizar.
Por exemplo, suponha que você compre um título americano com o dólar a R$ 5,00.
Se, no momento de resgatar, o dólar estiver a R$ 4,50, você perde parte dos ganhos ao converter de volta para reais.
Por outro lado, se o dólar subir para R$ 5,50, você ganha mais ao converter seus rendimentos.
Esse risco é comparável ao investir em ações de empresas estrangeiras através de BDRs na B3, onde a taxa de câmbio afeta diretamente seu retorno.
Conclusão
Chegamos ao fim da nossa conversa sobre investimentos em renda fixa nos EUA.
Recapitulando, vimos que diversificar seu portfólio com títulos americanos pode oferecer uma proteção e tanto contra as oscilações do mercado brasileiro.
Falamos sobre como os Treasury Bonds são uma opção segura, quase como um porto seguro em tempos de tempestade econômica.
Também vimos que os Corporate Bonds, apesar de um pouquinho mais arriscados, podem trazer retornos bem interessantes, especialmente aqueles de empresas bem estabelecidas.
Explorar esse mercado é como adicionar mais tempero à sua carteira de investimentos.
A liquidez e maturidade do mercado americano são impressionantes e, convenhamos, quem não gostaria de ter parte do seu dinheiro atrelado a uma economia sólida como a dos EUA?
E também não podemos esquecer dos CDs, que são ótimos para quem busca segurança e uma rentabilidade atraente.
Agora, se você pensava que investir lá fora é complicado, te mostrei que não é bem assim.
Dá para fazer isso diretamente por corretoras americanas que atendem brasileiros, como a Avenue, por exemplo, ou mesmo daqui do Brasil, através de ETFs e BDRs.
Isso não só facilita o processo, mas também amplia suas possibilidades de diversificação.
Então, se você está buscando maneiras de proteger e aumentar seu patrimônio, investir em renda fixa nos EUA pode ser a estratégia que estava faltando no seu arsenal financeiro.
Se você se interessou em investir na renda fixa americana, convido você a conversar com um dos nossos consultores de investimentos da GuiaInvest Wealth.
Eles irão te orientar e guiar nas melhores alternativas para atender às suas necessidades e objetivos de investidor.
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Um abraço,
André Fogaça