Diversificar a Carteira de Investimentos ou Continuar na Renda Fixa?

Veja os principais receios dos investidores com o cenário atual e o que fazer com os seus investimentos.
Diversificar a Carteira de Investimentos ou Continuar na Renda Fixa
Imagem: Freepik / drazenzigic

Continuar na renda fixa ou diversificar a carteira de investimentos é uma dúvida recorrente dos investidores que procuram a GuiaInvest Wealth, ainda mais depois do cenário propício para o investimento em renda fixa em que vivemos nos últimos tempos.

Porém, o recente afrouxamento monetário reacendeu o alerta para o fim da era de juros fáceis.

A “festa” da renda fixa, com seu rendimento de 1% ao mês acabou, então, seria a hora de migrar para a renda variável?

O mercado financeiro vive em uma gangorra entre renda fixa e renda variável. Quando a Selic está elevada, a renda fixa é favorecida. Quando os juros estão mais baixos, ela deixa de ser atrativa e o Ibovespa tende a subir.

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Parte dos investidores costumam percorrer esses cenários, migrando da renda variável para a renda fixa e vice-versa, para aproveitar dos melhores momentos de cada.

Agora, em meio a um ciclo de queda de juros, que encerrou 2023 com uma taxa Selic de 11,75% ao ano e com vários cortes programados para 2024, o momento indicaria um bom período para o investidor fazer uma transição na sua carteira

Na teoria, o momento seria de sair da renda fixa e caminhar para investimento em Bolsa, mas incertezas no exterior, somadas com riscos fiscais locais no radar, deixam muitos investidores em dúvida no que fazer e receosos com o que o futuro reserva.

Mas será que é preciso escolher um dos lados? Não seria mais inteligente ficar mais no meio da gangorra, onde as oscilações praticamente não o atingem? 

Podemos resumir essa dúvida dos investidores em apenas um ponto central: desconhecimento de como montar uma carteira de investimentos diversificada e robusta.

Nesse artigo, vamos analisar os principais receios do investidor com o cenário atual e ver como conseguimos uma alocação de ativos ideal para enfrentar qualquer situação.

Cenário ainda bom para o investimento em renda fixa

Muitas das pessoas que estão em dúvida entre permanecer na renda fixa ou diversificar a carteira acompanhou o ciclo de alta na taxa de juros onde investimentos mais conservadores estavam rendendo cada vez mais.

É muito bom conseguir bons retornos em investimentos com menos riscos, mas a renda fixa não vai render muito para sempre.

Não podemos investir todo o patrimônio considerando apenas os dados atuais da economia, com inflação na casa dos 4,5% e CDI acumulado de 12,65% em 2023.

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Embora o cenário atual da economia continue propício para o investimento em renda fixa, essa taxa real de 8% não representa a realidade do Brasil dos últimos 15 anos.

A economia é cíclica e já começamos a ver essa inversão na curva de juros com o processo de redução da taxa básica de juros que iniciou em agosto.

A projeção do Banco Central é de novas quedas da taxa Selic, levando a taxa de juros a 9,00% para 2024.

Com esse afrouxamento monetário, a renda fixa vai começar a render um pouco menos.

Outra informação importante é que, nos últimos anos, tivemos uma inflação média de 5,50% e uma Selic de 9,50%, com isso o investidor teve um juro real de apenas 3,79% ao ano.

Esses números revelam a importância de não investir apenas na renda fixa, caso contrário o investidor corre o risco de não ver seu patrimônio aumentar no futuro e consequentemente atrasar a data da sua aposentadoria.

Alta dos juros americanos no centro das atenções

Os juros americanos continuam no centro das atenções de investidores. Com nova alta de juros em 2023 no radar do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), a grande preocupação está na possibilidade de que essas taxas de juros elevadas gerarem impactos na atividade econômica do país levando a uma recessão.

E juros mais altos na maior economia do mundo impactam todos os outros países, inclusive o mercado brasileiro.

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Por aqui, o terceiro trimestre foi marcado por um fluxo de saída do investidor estrangeiro, que tira seu dinheiro de ativos de risco, como aquele aportado em países emergentes como o Brasil, e o realoca em títulos do tesouro americano, considerados “os mais seguros do mundo”, aproveitando os juros elevados.

O Ibovespa refletiu o movimento do exterior, uma vez que juros altos favorecem investimentos em renda fixa em detrimento de ações, mas conseguiu manter o sinal positivo.

Ou seja, a visão para a Bolsa de Valores Brasileira segue positiva, apesar dos pontos negativos do cenário global.

O atual valuation descontado das empresas quando comparados com múltiplos históricos, é o principal fator para o otimismo com as ações.

Fora isso, apesar da curva de juros americana pressionar as decisões dos Bancos Centrais no mundo, por aqui, a tendência é de que o ciclo de baixa nos juros esteja, por agora, garantido.

Tendência de juros mais baixos no Brasil

A taxa básica de juros brasileira, a Selic, começou a cair em agosto. A sinalização do Banco Central é de que novos cortes virão nos próximos meses.

O boletim Focus do Banco Central manteve estável a expectativa de que a taxa Selic no fim de 2024 vá para 9% ao ano.

Com relação aos próximos passos, os membros do Comitê concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.

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Com uma perspectiva de redução da Selic, a renda fixa fica menos atrativa. Por outro lado, o corte de juros acaba beneficiando empresas pagadoras de dividendos.

Alocação de ativos para enfrentar qualquer cenário

Como não sabemos de fato o que vai acontecer com a economia brasileira ou com a economia mundial nos próximos anos, a melhor forma de se proteger, bem como de tirar o melhor de cada ciclo econômico, é diversificar a carteira de investimentos.

Com o mercado internacional cada vez mais acessível ao investidor médio, uma forma de minimizar riscos domésticos é manter uma parte da carteira dolarizada.

No momento atual, o mercado internacional para renda variável ainda está incerto, mas a renda fixa global é uma classe de destaque.

Os rendimentos dos títulos americanos de longo prazo, os chamados “treasuries”, escalando desde que o Fed sinalizou que pode promover uma nova alta de juros nos EUA.

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Quanto mais altos os juros nos EUA, mais o dólar tende a se valorizar globalmente, favorecendo empresas exportadoras de commodities, que também funcionam como uma proteção quando a economia doméstica não vai bem.

Apesar dos movimentos da taxa de juros norte-americana influenciarem não somente a economia dos Estados Unidos, mas a de todos os países, no caso do Brasil, não se esperam impactos tão significativos devido à melhora generalizada dos indicadores econômicos domésticos nos últimos meses.

Não podemos esquecer que, com o início do ciclo de queda nos juros, ainda encontramos valuations descontados na bolsa brasileira quando comparados com múltiplos históricos.

Por isso, uma alocação em bolsa, mesmo que ainda com uma parte pequena, é uma boa aposta, seja para comprar ações mais baratas, como para diversificar seu patrimônio.

Lembre-se que por melhor que seja o momento para determinada classe de ativos, você não pode ficar dependendo somente de um único ciclo econômico.

Por isso, a melhor estratégia sempre será uma boa macroalocação da sua carteira, buscando sempre um equilíbrio com seu perfil e objetivos.

Até porque ninguém sabe o futuro, por esse motivo, o investidor precisa construir uma carteira que navegue bem tanto na turbulência, quanto na calmaria.

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A bolsa se beneficia da queda de juros? Sim. Vale a pena tirar todo o dinheiro da renda fixa? Não.

Todas as classes cumprem um propósito dentro da alocação de investimentos. Cabe ao investidor conseguir montar sua diversificação ideal.

Felizmente você não precisa fazer isso sozinho e nem se preocupar com os ciclos do mercado se tiver ao seu lado um consultor de investimentos.

Cuidar dos seus investimentos por conta própria exige tempo, energia e conhecimentos muitas vezes complexos do que está acontecendo no mundo.

Com a ajuda de um consultor, você vai saber a hora certa de comprar e vender, terá uma alocação de ativos ideal para seus objetivos e perfil, além de ter mais controle sobre a performance da carteira.

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